domingo, 05 de janeiro de 2025
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Opinião

Editorial

Descarbonização, uma pauta essencial

A descarbonização do setor de navegação emerge como uma pauta fundamental na agenda ambiental global, especialmente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas e da necessidade premente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A substituição do óleo bunker por combustíveis menos poluentes e mais eficientes representa um passo crucial na direção de tornar a navegação marítima mais sustentável e amigável ao meio ambiente.

A recente audiência pública realizada pela Comissão Especial sobre Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados, ocorrida nessa terça-feira, dia 16,  trouxe à tona a importância desse debate e a urgência de ações concretas para enfrentar o desafio da descarbonização no setor. Ao destacar a relevância de medidas como o uso de etanol, biodiesel, biometano e outros combustíveis de baixo carbono, os participantes reforçaram a necessidade de buscar alternativas viáveis e sustentáveis para reduzir o impacto ambiental do transporte marítimo.

A meta estabelecida pela Organização Marítima Internacional (OMI), de atingir zero emissões de gases de efeito estufa até 2050, reflete o compromisso global em enfrentar a crise climática e promover a transição para uma economia de baixo carbono. Nesse contexto, a implementação de políticas e iniciativas voltadas para a medição e redução das emissões de carbono no transporte marítimo se mostra indispensável para alcançar esse objetivo ambicioso.

Além disso, é fundamental reconhecer o potencial do Brasil como produtor de combustíveis de baixo carbono, aproveitando a disponibilidade de biomassa e fontes de energia renováveis para impulsionar a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. A diversificação dos combustíveis e a promoção da descarbonização integrada dos modais de transporte são passos essenciais para construir uma cadeia logística mais eficiente e sustentável, contribuindo para a redução das emissões e para a proteção do meio ambiente.

Diante disso, é imprescindível que o setor público e privado se unam em esforços colaborativos para acelerar a transição para uma navegação marítima mais limpa e sustentável. Investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, bem como incentivos fiscais e regulatórios, são fundamentais para viabilizar a adoção de tecnologias e práticas mais sustentáveis no transporte aquaviário.

Portanto, é hora de agir com determinação e comprometimento para enfrentar o desafio da descarbonização do setor de navegação, promovendo a transição para um futuro mais sustentável e resiliente para as gerações presentes e futuras. A proteção do meio ambiente e a mitigação das mudanças climáticas dependem de nossa capacidade de tomar medidas concretas e urgentes para reduzir as emissões de carbono e preservar a saúde e a vitalidade de nosso planeta.

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