quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Opinião

Ferrovias

Desenvolvimento nos trilhos

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou a renovação antecipada da concessão da malha ferroviária explorada pela MRS Logística. A medida foi autorizada pela diretoria do órgão, por unanimidade, ontem. Os dirigentes concordaram com as mudanças pedidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), especialmente as novas obrigações da concessionária com investimentos e o aumento dos índices operacionais. 

A malha da MRS conta com 1.686 quilômetros de linhas, que se espalham pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (cujas iniciais formam o nome da empresa). Com a renovação, estão previstas obras avaliadas em R$ 9,7 bilhões, principalmente as de ampliação do acesso ao Porto de Santos (SP), e a antecipação de projetos que estavam programados apenas a partir de 2027.

Também está acordado  um conjunto de 270 obras incluídas em 51 municípios para mitigação de conflitos urbanos provocados pelo tráfego ferroviário, além de intervenções para a segregação de 90 quilômetros de trilhos compartilhados com trens de passageiros da CPTM na Região Metropolitana de São Paulo.

A renovação da concessão da MRS era amplamente esperada pelo mercado, especialmente após a renovação da concessão da Malha Paulista, explorada pela Rumo (Grupo Cosan). Entre os motivos dessa expectativa, está o volume de investimentos previstos, em especial os que vão aumentar a capacidade dos acessos ferroviários ao Porto de Santos, os de segregação das linhas compartilhadas com a CPTM e os que vão eliminar ou reduzir os conflitos urbanos. São melhorias que não só vão impactar positivamente as comunidades por onde os trilhos da MRS passam, como ampliar a capacidade de transporte e a eficiência operacional de suas atividades.

Essa renovação antecipada é encarada como um dos grandes marcos para o desenvolvimento ferroviário brasileiro. Sua realização e o consequente compromisso de investimentos no setor têm o potencial de dar um novo impulso ao modal férreo no País, uma estratégia essencial para o crescimento do Brasil e de sua economia.

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