Eficiência portuária
A operadora logística VLI e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), agora sob gestão privada, assinaram ontem um memorando de entendimentos para a realização de obras de expansão no Porto de Vitória. Há a expectativa de que, com esse investimento, a capacidade operacional do complexo marítimo para movimentar granéis sólidos, especialmente commodities agrícolas, mais do que dobre. A partir dos estudos que serão realizados, também serão realizados aportes em acessos aquaviários e ferroviários.
De acordo com o memorando, será analisada a necessidade de adequações e capacitações de ramais ferroviários que acessam o Porto de Vitória, ramais internos à poligonal do terminal, píer, berços de atracação e sistemas de carregamento, descarregamento e armazenagem.
Como destaca reportagem publicada na edição de hoje do jornal BE News e no portal BE News, esta é uma das primeiras parcerias realizadas pela nova gestão da Codesa, que teve sua administração privatizada no final de março do ano passado. A empresa, agora, é controlada pela gestora de investimentos Quadra Capital. Um dos principais passos da nova gestão era investir no aumento da capacidade, diversificação de cargas e novas áreas de exploração portuária.
Um dos pontos positivos do processo de desestatização pelo qual a Codesa passou é justamente garantir uma maior agilidade em sua gestão, o que se percebe pela celeridade com que o acordo foi negociado. E a projeção é que essa velocidade também seja percebida nas próximas etapas desta iniciativa.
Independente dos fatores que levaram a isso, os portos brasileiros devem buscar agilizar cada vez mais sua gestão, de modo a acompanhar a evolução dos mercados e atender suas demandas. E para isso, uma gestão profissional, com executivos que dominem o setor e saibam, com profundidade, suas tendências e possibilidades de crescimento, é condição essencial para um resultado satisfatório.