sábado, 18 de janeiro de 2025
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Opinião

Editorial

O futuro da aviação em São Paulo: uma oportunidade coletiva

A implantação de um novo aeroporto em São Paulo, que vem sendo prometida pelo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, nas últimas semanas, certamente mudará o mercado da aviação no Estado. E, portanto, é uma ação que deve ser debatida com outras autoridades e o mercado. Em um momento em que o Aeroporto de Congonhas atinge níveis máximos de operação, é fundamental que as autoridades estaduais, municipais e a iniciativa privada estejam envolvidas na redefinição da agenda de aviação civil paulista.

A necessidade de um novo aeroporto não pode ser subestimada. Os números falam por si. O constante aumento do tráfego aéreo, com 44 aviões pousando a cada hora, coloca uma pressão significativa sobre Congonhas. Um dos aeroportos mais movimentados do País, ele está operando perto de sua capacidade máxima. Para manter São Paulo competitivo no cenário global, é essencial ter uma infraestrutura aeroportuária que possa atender a demanda crescente.

No entanto, a decisão de construir um novo aeroporto não deve ser tomada às pressas. É um projeto complexo que afeta não apenas a aviação, mas também o meio ambiente, o tráfego terrestre e as comunidades vizinhas. Portanto, é encorajador ver que estudos aprofundados estão sendo realizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Essa pesquisa é um passo crítico para tomar uma decisão bem fundamentada e identificar o momento certo para esse empreendimento.

O redesenho da agenda de aviação civil em São Paulo deve ser uma iniciativa aberta e colaborativa. Envolver as partes interessadas, desde autoridades governamentais até empresas do setor aéreo, é crucial. As soluções não surgirão apenas de um órgão do Governo, mas de um esforço coletivo.

Uma decisão dessa magnitude deve ser transparente, considerando os impactos econômicos, ambientais e sociais. Além disso, é vital que todas as partes envolvidas sejam informadas e estejam preparadas para as mudanças que virão. Compartilhar informações, abrir o diálogo e tomar decisões com base em evidências sólidas são princípios essenciais para alcançar uma aviação mais eficiente e competitiva.

O futuro da aviação em São Paulo deve ser um esforço conjunto, onde os interesses de todos são cuidadosamente equilibrados. Se feito de maneira cuidadosa e colaborativa, esse redesenho pode trazer oportunidades significativas para a região e, ao mesmo tempo, atender às crescentes necessidades do setor de aviação. É hora de pensar além, planejar bem e construir um futuro mais promissor para a aviação paulista.

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