quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
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Opinião

Editorial

O GNL na navegação

O Brasil recebeu seu primeiro navio movido a gás natural liquefeito (GNL) na última semana. Ele escalou no Porto de Açu, no Rio de Janeiro. Tal fato evidencia a necessidade de uma mudança na indústria de transporte marítimo. A adoção de combustíveis menos poluentes e investimentos em inovação são fundamentais para reduzir os impactos ambientais da navegação, uma vez que a indústria é responsável por uma parcela significativa das emissões globais de gases do efeito estufa.

A iniciativa da Anglo American, por meio de sua nova frota de navios da classe Ubuntu, em utilizar o GNL como combustível, é uma excelente medida que contribui para a mitigação das emissões de gases poluentes. Segundo estudos da mineradora, o uso desse combustível proporciona uma redução estimada de 35% nas emissões de gases do efeito estufa, em comparação com as embarcações movidas a combustível marítimo convencional.

Essa inovação da Anglo American, em conjunto com outras iniciativas que visem a redução de emissões no transporte marítimo, deve ser encorajada e replicada por outras empresas do setor. Além disso, é fundamental que sejam realizados investimentos em tecnologia e inovação para tornar a navegação ainda mais sustentável.

Há diversas alternativas de combustíveis menos poluentes que podem ser utilizadas na navegação, como o GNL, o hidrogênio verde, biocombustíveis, entre outros. É preciso que haja um esforço conjunto da indústria e do poder público para incentivar a adoção desses combustíveis, por meio de políticas públicas, incentivos fiscais e investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Também é importante destacar a necessidade de se investir em tecnologia para reduzir os impactos ambientais da navegação, como a adoção de tecnologias de eficiência energética, aprimoramento de sistemas de tratamento de efluentes e resíduos, e a utilização de sistemas de navegação autônoma.

Em resumo, a adoção de combustíveis menos poluentes no transporte marítimo, como o GNL, aliada a investimentos em inovação e tecnologia, é fundamental para reduzir os impactos ambientais da navegação e contribuir para a mitigação das emissões de gases poluentes. É preciso que a indústria e o poder público trabalhem juntos para tornar a navegação mais sustentável e minimizar os efeitos das mudanças climáticas no planeta.

 

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