quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Opinião

Editorial

O Norte Export e a busca pelo desenvolvimento 

A logística do comércio exterior do Brasil têm evoluído intensamente nos últimos anos. E nesse processo, o Arco Norte – denominação dada aos portos localizados acima do paralelo 16º S, nas regiões Norte e Nordeste do País – vem ganhando um protagonismo ímpar, especialmente a partir de 2015, quando passou a responder pela maioria relativa dos embarques de soja e milho. Essa liderança se consolidou em definitivo neste ano, quando, no primeiro semestre, as instalações portuárias nessa área começaram a movimentar 51% desses carregamentos, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), órgão regulador do setor.

É nesse cenário em que os portos do Arco Norte –  pontualmente, Santarém (PA), Santana (AP), Itaqui (MA), Ilhéus (BA), além de terminais como o de Vila do Conde (PA) e Ponta da Montanha (PA) – e o crescimento de suas operações serão destaques da edição deste ano do Norte Export – Fórum Regional de Logística e Infraestrutura Portuária, que começa hoje e segue até amanhã, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), em Porto Velho (RO).

Entre os temas que serão debatidos, estará a necessidade de obras para impulsionar ainda mais as exportações de grãos pelo Arco Norte. Um dos empreendimentos considerados essenciais é o aprofundamento dos rios utilizados para a navegação dos navios envolvidos nessas operações. Outro desafio para os portos dessa região é a qualidade de seus acessos, aliás, um problema para a maioria dos complexos portuários brasileiros.

Nesse contexto, o Norte Export se torna o espaço ideal para que autoridades, empresários e especialistas debatem os desafios dos portos, da logística e dos transportes na Região Norte, apontem seus maiores obstáculos e defendam as soluções mais eficientes. Enfim, o fórum é a grande oportunidade para se destacar os principais gargalos e as saídas mais indicadas, permitindo que as mesmas autoridades e os agentes privados em questão possam adotar as resoluções acordadas. E dessa forma, garantam o desenvolvimento da região que, a cada ano, se mostra cada vez mais importante para a economia nacional.

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