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O potencial aquaviário interior navegável no Brasil

O Brasil é um país continental com mais de 8 mil quilômetros de costa marítima, navegando nas modalidades Cabotagem, Marítima e Interior com mais de 50 mil quilômetros de vias aquaviárias com potenciais à navegação, mas utilizando apenas 12% de suas potenciais vias naturais. 

Alguns fatores que dificultaram um maior aproveitamento dessas vias estão relacionados à falta de uma política de estado continuada, agravada e interrompida há mais de 30 anos com a extinção das poucas estatais estruturantes, que eram núcleo côncavo de organização e planejamento, com programa integrado e profissionais comprometidos. 

No nosso setor, tínhamos a Portobrás (para portos marítimos, hidrovias interiores, terminais e travessias, com a estatal investindo em capacitação e infra), a CBD (Companhia Brasileira de Dragagem, que mantinha os canais marítimos de navegação dragados), o DNOS (Departamento Nacional de Obras e Saneamentos, mantendo os rios limpos, evitando carreamentos e enchentes), o Geipot (o órgão pensador de integração multimodal e de infra) e a Sunamam (a Superintendência Nacional da Marinha Mercante). 

Depois destas extinções impensadas da inteligência estruturante, temos assistido a dezenas de mudanças no organograma de governança e gestão, que foram aumentadas em cada nova alteração. A estrutura ficou maior e mais lenta, e só pensa com concursados dentro da caixa.

Infelizmente os novos gestores não conhecem o que funcionou e porque parou. E os atuais,  imponderados, não têm interesse nisso. Buscam soluções viajando para fora, para ver como funciona lá, sem saber como já operou aqui. Também são vítimas da descontinuidade, no entanto ouvem, mas não consideram o passado.

Podem ocorrer com sucesso revitalizações e novas rotas, se conhecerem erros e acertos do passado, ajustando os quadros e o organograma, que mais que dobrou – no passado, tínhamos empregados das estatais também nas bases.

Algumas possíveis revitalizações já: a fim de impulsionar a logística de cargas no Mercosul, deve-se recuperar a operação de cargas na Hidrovia do Paraná entre Foz do Iguaçu e Três Lagoas (1.000 km), além de revitalizar os portos de Panorama e Presidente Epitácio, todos com ferrovias inoperantes que tinham acessibilidade ao Porto de Santos.

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TAGS BRASIL continuidade hidroviário HIDROVIAS navegação política pública

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