Projeto exportação
O Governo do Ceará quer ampliar suas exportações. Em sua estratégia para isso, o Porto de Pecém (CE) e sua retroárea desempenham papel essencial, assim como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com quem o Estado pretende firmar uma parceria. A ideia, agora, é atrair empresas exportadoras e consolidar a infraestrutura para o comércio internacional, ações estas que serão potencializadas a partir do trabalho de divulgação da ApexBrasil.
Detalhes desse plano foram citados pelo governador Elmano de Freitas em reportagem publicada nesta edição do jornal BE News. A matéria aborda inclusive a reunião de Freitas com o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, no início do mês.
Fica claro que ter uma economia voltada ao comércio exterior, mais precisamente às exportações, é um caminho seguro para o desenvolvimento estadual, para a geração de empregos e riquezas locais. E no caso do Ceará, o Estado quer apostar em duas grandes cadeias, a de energias renováveis, que tem seu potencial cada vez mais explorado, e a calçadista. Contatar empreendedores deste segmento e potenciais investidores é o próximo passo.
Nesse projeto, o Porto de Pecém passa a desempenhar um papel muito importante, tanto por ter condições de abrigar em sua retroárea as empresas interessadas em se instalar no Estado, como pela sua própria infraestrutura, mais do que preparada para o escoamento da produção local a outros países. O complexo marítimo, assim, se torna um grande atrativo para atrair os parceiros privados, tanto para os empreendimentos energéticos como os calçadistas.
A estratégia desenvolvida por Freitas, portanto, tem o potencial de ser bem sucedida, principalmente por buscar reunir agentes de vários setores. Mas, efetivamente, falta ainda atrair a iniciativa privada, que será o grande protagonista dessa jornada. E neste capítulo, o Estado deve primar pela clareza em seus planos e pela segurança jurídica no regramento de seus programas de investimento, medidas mais do que necessárias para que empresários possam se interessar participar desse movimento.
Que as autoridades tenham um bom diálogo com o setor privado, que certamente tem todo o interesse de conhecer os detalhes desses planos. E que ambos saibam negociar. Este é um processo com ganhos para todos os envolvidos, basta que as responsabilidades de cada um sejam claras e os envolvidos executem seus deveres como acordado.