quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Opinião

Editorial

Saber falar, saber escutar

O Ministério da Infraestrutura inicia, na próxima semana, mais uma série de encontros internacionais com investidores para “vender” o pacote de concessões do setor de transportes previstas para este ano. Entre os leilões previstos, está o do Porto de Santos, considerado a joia da coroa dos setores portuário nacional e latino-americano, previsto para acontecer no último bimestre. À frente da comitiva, estará o próprio ministro Marcelo Sampaio, em sua primeira agenda internacional desde que tomou posse no cargo há pouco mais de um mês.

A agenda dessa vez está centrada em Nova Iorque, polo financeiro estratégico nos Estados Unidos. Haverá reuniões com mais de 30 representantes de bancos e fundos de investimentos, como a Global Infrastructure Partners (GIP), Itaú BBA, BTG Pactual, fundo soberano de Cingapura GIC e o fundo australiano Macquarie.

Este é mais um roadshow realizado pelo Ministério, uma estratégia valiosa para levar as oportunidades de negócios no segmento brasileiro de transportes aos grandes investidores internacionais e, também, um teste para o modelo de negócios adotado, especialmente sua segurança jurídica e sua transparência. Afinal, nessas reuniões, as autoridades brasileiras acabam sendo sabatinadas em relação aos empreendimentos que apresentam. E não poderia ser diferente, uma vez que um investidor sério quer participar de projetos sólidos e que garantam o retorno de seu capital, mesmo com riscos inerentes.

Nesse cenário, essas reuniões acabam sendo o batismo de fogo dos leilões desses ativos e também uma valiosa oportunidade para o poder público escutar os grandes players do mercado e, se necessário, fazer alguma correção de rumo nos projetos.

Sampaio e sua equipe têm uma oportunidade valiosa nesse road show. Que saibam bem apresentar as oportunidades que estão sendo preparadas e, até mais importante, que estejam abertos a escutar e, a partir desse retorno, definir as melhores ações para o programa de concessões da pasta e para a economia brasileira.

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