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Adilson Luiz Gonçalves

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Santos Export 2023 – A missão

O evento Santos Export 2023, realizado entre 15 e 16 de maio, e o InfraJur – Encontro Nacional de Direito de Logística, Infraestrutura e Transportes, ocorrido no primeiro dia, foram emblemáticos, de múltiplas formas, sobretudo pela representatividade dos expositores e debatedores, e pelo conteúdo das discussões. Não à toa, uma plateia presencial de mais de quatrocentas pessoas, e virtual, acima de dois mil, acompanhou atentamente cada conclusão de painel.

         Essa edição do evento também confirmou seu prestígio nacional e, até, internacional, contando com a presença de ministros, representantes de associações e empresas nacionais e internacionais e expoentes do setor portuário, logístico, agroindustrial, jurídico e de infraestrutura. A organização foi impecável e a condução dos debates, feita com maestria.

Fabrício Julião e equipe elevaram ainda mais o nível desse projeto, agora mais do que maduro, cada vez mais amplo, produtivo e efetivo na interlocução entre os vários atores dos setores envolvidos.

 Durante esses dois dias, membros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Ministério de Portos e Aeroportos, do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura de Santos, do STJ, TCU, TJ-SP, Antaq, ANTT, Fiesp, ABTP, Sopesp, Abtra, ABDPM, Centronave, ACS, Sindisan, Fenamar, Fenop, Autoridade Portuária de Santos, OAB, Cade, Marinha do Brasil, Infra S.A. e diretores de empresas abordaram temas estratégicos para o desenvolvimento sustentado do Brasil, com requintes de minúcias e propostas entre pragmáticas e audaciosas. Nesse sentido, confirmaram o Santos Export e sua rede como fóruns necessários e excelentes para discutir o presente e o futuro do País: um lugar para ouvir e ser ouvido; cobrar e ser cobrado; mas em busca de resultados práticos e equilibrados, que conciliem aspectos econômicos, sociais e ambientais.

 Os temas e debates foram tão ricos, que o bloco de anotações que recebi quase não foi suficiente: apesar de minha letra pequena, foram vinte páginas manuscritas (não levei computador, desta vez).

Tão importante quanto o que transcorreu no palco, foram os encontros e conversas nos intervalos.

Esse tipo de evento tem como vantagem paralela juntar, num mesmo ambiente presencial, vários atores concorrentes, convergentes e divergentes, abrindo espaço para o diálogo sem as barreiras das formalidades de gabinetes. Ali estão entidades públicas e privadas, mas, acima de cargos e funções, pessoas que as representam, cujo conhecimento é fundamental para a troca de ideias, visando a solução de problemas e conflitos. Há espaço para teses, antíteses e sínteses, base da dialética em sua melhor prática.

O espaço virtual, tornado regra após a pandemia, também merece destaque, pois permite que as discussões sejam conhecidas por um público mais amplo, e não menos importante, pois também será massa crítica em relação aos temas abordados.

E o que se viu e ouviu foram críticas construtivas, apelos à solução de problemas e propostas objetivas, feitas num ambiente de cordialidade, proativo e colaborativo.

A franqueza de certas manifestações, a sutileza com que os mediadores formularam questões instigantes e a habilidade com que os expositores e debatedores as responderam deram um brilho especial aos temas abordados, com direito a alguns “trucos”, como disse um amigo, no melhor dos sentidos.

Acessos terrestres e aquaviários, matriz de transportes, riscos de mercado, aspectos ambientais, jurídicos e regulatórios que afetam o setor e o desenvolvimento do País, modelos de gestão, planejamento estratégico e relação porto-cidade, entre outros, jamais se esgotariam no curto espaço de tempo do evento. As sementes plantadas extrapolaram a atual predominância do agronegócio na economia, para revelarem a premência da reindustrialização do Brasil, de maneira a agregar valor e tecnologia à carteira de produtos operados pelo sistema portuário, por onde passa cerca de 95% da corrente comercial nacional.

Cada um desses temas merece comentários, que serão encaminhados sob forma de artigos ao BE News, para que defina sobre a pertinência de publicá-los.

De minha parte, creio que tão importante quanto realizar um evento de tal porte e ambição, é manter os temas que abordou em voga, suscitando reflexões e ações, para que ideias e compromissos assumidos não se percam no tempo ou na distância do retorno aos gabinetes.

Parabéns, uma vez mais, a toda a equipe do Santos Export, da Una Eventos e do BE News pela excelência do evento. Bravo Zulu!

E congratulações aos que participaram dos painéis e a toda a audiência, presencial e virtual, que seguramente tiraram grande proveito desses dois dias em que o Porto e a Cidade de Santos ratificaram seu protagonismo como indutores do setor, no cenário nacional.

No entanto, a missão cumprida não se esgota em si: é apenas mais uma etapa do caminho do desenvolvimento sustentável de um país que é gigante, mas que também precisa pensar e realizar essa grandeza, “para o bem de todos e felicidade geral da Nação”!

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TAGS Acessos terrestres e aquaviários Santos Export Supremo Tribunal Federal

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