Suape e o exemplo a ser seguido
O Porto de Suape (PE), em parceria com a Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2, entregou 100 quintais ecoprodutivos a famílias residentes nas proximidades do complexo marítimo, nas cidades de Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Sirinhaém. A ação integra um projeto lançado em outubro de 2021 e que prevê melhorar a realidade de 300 famílias moradoras de comunidades carentes no entorno do porto, com a instalação de hortas suspensas, galinheiros móveis, fornos ecológicos e cisternas, entre outras ecotecnologias que geram alimentos para consumo próprio, podendo o excedente ser comercializado.
A iniciativa portuária ainda envolveu a realização de oficinas de capacitação técnica com essas famílias, para que elas aprendessem a desenvolver a atividade sustentável e a administrar o negócio.
E mais 200 entregas de quintais ecoprodutivos estão programadas para os próximos dois meses – setembro e outubro – a fim de atender famílias residentes em Escada, Moreno, Ribeirão e Rio Formoso.
Sobre esse projeto socioambiental, o diretor-presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão, destacou que a ação está “melhorando a vida de muitos moradores da região. Um dos nossos compromissos é promover o desenvolvimento econômico em equilíbrio com a sustentabilidade do território estratégico de Suape e o Projeto Quintais Ecoprodutivos é um exemplo bem-sucedido para o desenvolvimento da agricultura familiar e a geração de renda com a implantação de pequenos negócios”.
Trata-se de uma iniciativa importante e que mostra como um complexo portuário pode impactar positivamente uma região. Um porto é, principalmente, um elemento de fomento para a economia de uma cidade, uma região, um estado ou, dependendo de sua área de influência, o próprio País. Dessa forma, leva desenvolvimento para esses espaços. Mas seu impacto social não precisa se limitar a isso. Enquanto empresa, ele pode e deve apoiar e impulsionar projetos que, diretamente, auxiliem a própria comunidade onde está implantado. É, na prática, o que o Porto de Suape está fazendo.
Que este exemplo continue e seja ampliado. E que inspire outros complexos portuários brasileiros a ajudar suas comunidades, principalmente com ações que garantam sua sobrevivência e ainda auxiliem na geração de renda. O impacto social de um porto pode e deve ir muito além de suas atividades econômicas. Suape está demonstrando isso e indicando um caminho a ser trilhado por seus pares.