Sustentabilidade no setor marítimo
A iniciativa do Porto do Açu (RJ) de se preparar para a nova versão do Índice Ambiental de Navios (ESI) – o ESI 2.0 -, programa que concede benefícios a navios com desempenho ambiental superior aos padrões internacionais, demonstra o compromisso do complexo marítimo com a sustentabilidade e com a construção de um futuro mais verde para o setor marítimo. O ESI, que já vinha sendo implementado há três anos no porto, ganha ainda mais relevância com essa versão atualizada, que inclui critérios mais rigorosos e abrangentes para avaliar a performance ambiental das embarcações.
O ESI 2.0 vai além da simples redução de emissões de gases de efeito estufa, englobando aspectos como eficiência energética, gestão de resíduos e qualidade da água. Essa mudança reflete a crescente preocupação com o impacto ambiental do transporte marítimo e a necessidade de um engajamento mais amplo das empresas do setor para mitigar esses impactos.
O Porto do Açu reconhece que a iniciativa do ESI ainda tem pouca adesão no Brasil, com um número limitado de navios se beneficiando dos incentivos oferecidos. No entanto, o complexo marítimo está tomando medidas para aumentar a participação, como a inclusão de itens de performance ambiental em contratos de aluguel de área e a divulgação dos benefícios do programa para armadores e outras empresas do setor.
Além do ESI, o Porto do Açu está desenvolvendo outras ações para se tornar um hub de energia de baixo carbono, como a implementação de projetos de geração de energia solar e eólica e a utilização de combustíveis renováveis em suas operações. Essas ações demonstram o compromisso do terminal com a descarbonização e com a construção de um futuro mais sustentável para o setor portuário.
A iniciativa do Porto do Açu serve como um exemplo para outros portos brasileiros que buscam se destacar em um mercado cada vez mais exigente em termos de sustentabilidade. Ao adotarem programas de incentivo à sustentabilidade e ao investirem em tecnologias limpas, os portos podem contribuir para a redução do impacto ambiental do transporte marítimo e para a construção de um futuro mais verde para o planeta.
É importante ressaltar que a responsabilidade pela construção de um setor marítimo mais sustentável não recai apenas sobre os portos. Armadores, empresas de logística e outros players do setor também precisam se comprometer com práticas mais sustentáveis em suas operações. Somente com a união de esforços de todos os envolvidos será possível alcançar um futuro mais verde para o transporte marítimo.