Uma política global de biocombustíveis
A proposta do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de criar uma agência global dedicada à promoção dos biocombustíveis na matriz energética mundial é um passo significativo em direção a uma transição sustentável. Apresentada durante a reunião da Aliança Global dos Biocombustíveis (GBA) em Davos, a sugestão ressalta a necessidade de impulsionar fontes de energia mais limpas e renováveis em escala internacional.
O Brasil, como líder e grande produtor de biocombustíveis, tem desempenhado um papel fundamental nesse cenário. Com iniciativas como os mandatos para diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF), o País busca reduzir a dependência de derivados fósseis e promover práticas sustentáveis no setor de energia. A proposta de aumentar a mistura de etanol e biodiesel demonstra um compromisso claro com a transição para fontes mais limpas e renováveis.
A visão de Silveira não se limita apenas ao âmbito nacional. Ao assumir a presidência do G20, o Brasil tem a oportunidade de consolidar os biocombustíveis como elementos essenciais na transição energética global. A proposta de uma agência global destaca a necessidade de cooperação internacional para enfrentar os desafios energéticos e climáticos que afetam o mundo.
O Projeto de Lei do Combustível do Futuro, com investimentos projetados de R$ 200 bilhões até 2037, é um exemplo tangível do compromisso brasileiro com os biocombustíveis. À medida que a demanda global por essas fontes de energia aumenta, com previsão de crescimento de 30% até 2028, conforme a Agência Internacional de Energia, a posição do Brasil como líder nesse setor é estratégica.
A iniciativa não apenas impulsiona a economia e a sustentabilidade, mas também posiciona o Brasil como um protagonista na construção de um futuro energético mais verde e equitativo. O engajamento global em torno dos biocombustíveis é fundamental para enfrentar os desafios climáticos e para garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.