Estudos da Antaq apontam 60% dos contêineres passam pela margem esquerda do Porto de Santos, do lado de Guarujá, conforme exposto por uma participante do painelCrédito: Helder Lima/Prefeitura de Guarujá
Região Sudeste
Para debatedores, nova descida deve ser feita pela margem esquerda do Porto de Santos
Especialistas avaliaram que a nova ligação entre Planalto e Baixada Santista deve fazer conexão com a margem esquerda do Porto de Santos, no lado de Guarujá, através da Rodovia Cônego Domênico Rangoni. Os pontos foram levantados durante o workshop “Debate sobre uma nova ligação do planalto à Baixada Santista”, promovido pelo Instituto de Engenharia, realizado no auditório da instituição, na quarta-feira, dia 19.
Tamara Gaspar, gerente da ALG, afirmou que estudos publicados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em 2022 apontam que 60% dos contêineres que passam pelo Porto de Santos são da margem esquerda. Devido a esse importante dado técnico, a nova descida deveria voltar suas atenções para esse ponto do complexo.
“Existem diversos estudos que trazem a relevância da margem esquerda, e estamos falando de uma área em que você tem um acesso ruim e por muitas vezes muito prejudicado. Esse dado da Antaq precisaria ser muito olhado e atento na discussão da nova descida. Olhando a distribuição das cargas, o acesso pelo lado esquerdo seria mais interessante. A nova pista da Imigrantes melhora na questão da descida, mas não contribui imediatamente como melhoria de acesso da carga ao porto propriamente”, analisou.
Rodoanel Leste
O diretor-presidente da Logit Engenharia, Wagner Colombini Martins, partilhou do mesmo pensamento. Que a nova ligação deveria partir do trecho do Rodoanel Leste até a margem esquerda do porto, no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá.
“A descida que vai direto à margem esquerda é a ideal. A sequência do Rodoanel Leste, porque a partir dali é possível atender bem os municípios do Vale do Paraíba, de toda a região Leste (do estado de São Paulo). É o correto a se fazer tratando-se de termos técnicos. Ainda mais que, depois, será amplamente possível a idealização de uma duplicação, porque a demanda continuará a crescer”, explicou.
O executivo defendeu a celeridade para uma nova descida, uma vez que a economia do Brasil tende a crescer de maneira exponencial.
“Nossa economia está crescendo aos poucos. E ela vai crescer, tudo tende a melhorar. E imaginem a quantidade de contêiner que vai passar a existir. Vai pressionar ainda mais e mais (o Porto de Santos)”.