O ministro de Obras Públicas do Paraguai, Rodolfo Segovia, durante assinatura do contrato, na sede do governo paraguaioCrédito: Divulgação
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Paraguai assina contrato para pavimentar trecho
Trecho fica entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo e terá investimento de US$ 354,2 milhões
Foi dado mais um passo para a conclusão da Rota Bioceânica, um corredor rodoviário que ligará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. O governo paraguaio assinou na última terça-feira (1º) o contrato para a obra de pavimentação do terceiro trecho da via no país (Rota PY15). A área compreende os municípios de Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, com extensão de 224,8 quilômetros, dividida em lotes.
O evento, sediado no Palácio de López, sede do governo do país, em Assunção, foi encabeçado pelo presidente da República, Mario Abdo Benítez, juntamente com o ministro de Obras Públicas, Rodolfo Segovia.
A obra terá um investimento de US$ 354,2 milhões, financiado com recursos do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), e será executada em três lotes, informou o Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC).
A partir da assinatura do contrato, as empresas responsáveis pela obra terão seis meses para elaborar o projeto final de engenharia, dois anos para construir e oito anos para manter o trajeto.
Além do asfaltamento da rodovia, estão previstas melhorias viárias nas cidades de Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, como a implantação de rotatórias, acessos aos aeroportos, cabines de pedágio e pesagem de veículos.
Em Pozo Hondo, na fronteira com a Argentina, será construído um centro de controle.
O MOPC explicou que a extensão da Rota Bioceânica dentro do país foi dividida em trechos para a pavimentação. O primeiro, de Carmelo Peralta a Loma Plata, tem 277 quilômetros e já está concluído. O investimento foi de US$ 443 milhões.
Já em Carmelo Peralta está sendo construída a ponte internacional sobre o rio Paraguai, que ligará o país ao Brasil via Porto Murtinho, cidade do Mato Grosso do Sul. A obra foi viabilizada por um consórcio binacional e investimento de R$ 575,5 milhões.
O equipamento terá 1.310 metros de comprimento e 20,10 metros de largura e é considerado fundamental para concretizar a Rota Bioceânica rodoviária.
Outro trecho da rota no Paraguai tem 102 quilômetros, com investimento previsto de US$ 110 milhões e sairá de Centinela para Mariscal Estigarribia.
Metas
A ideia é que a rota bioceânica diminuirá o custo, a distância e o tempo de viagem das exportações brasileiras, trazendo mais competitividade aos produtos nacionais.
Para o Brasil, deve atrair terminais logísticos e a instalação de portos secos. O novo caminho encurta em 17 dias a viagem de mercadorias entre o Mato Grosso do Sul e a Ásia.