Petrobras e BNDES estruturam fundo para apoiar empresas na área de transição energética 

A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram, nesta quarta-feira (21), o início dos estudos que visam estruturar um fundo destinado a apoiar micro, pequenas e médias empresas de tecnologia e inovação na área de transição energética.

A medida é fruto da assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre as duas instituições, realizada em junho do ano passado, com vigência de até quatro anos.

O fundo será na modalidade Corporate Venture Capital (CVC), ou seja, específico para investimentos em startups com potencial de crescimento, especialmente na área tecnológica. Só a Petrobras planeja destinar um montante de US$100 milhões dentro desta estratégia (CVC) nos próximos cinco anos, conforme o Plano Estratégico 2024-2028.

O acordo se concentra em áreas como pesquisa científica, transição energética, redução de emissões de carbono e melhorias na produção e gestão, especialmente nos setores de petróleo e gás. Os empreendimentos mais promissores para esse tipo de investimento serão identificados na fase inicial do estudo, considerando as estratégias de longo prazo da Petrobras e do BNDES.

Aloizio Mercadante, presidente da instituição financeira, enfatizou a importância de direcionar investimentos para promover avanços nestes segmentos. “O capital de risco é uma ferramenta importante para financiar micro, pequenas e médias empresas inovadoras, e o envolvimento de grandes empresas públicas, como BNDES e Petrobras, é um estímulo fundamental para que tenhamos novos saltos tecnológicos no país”, disse.

Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, destacou que o projeto é uma das iniciativas da estatal para promover o desenvolvimento econômico sustentável. “O CVC nos permitirá fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, de maneira integrada ao arcabouço de inovação que a Petrobras já desenvolve no âmbito dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento”, afirmou.

O prazo para conclusão dos estudos que estruturarão o fundo não foi citado.