Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Aviação (Abear), o querosene de aviação responde por 40% dos custos das companhias aéreasCrédito: Tomaz Silva/Agência Brasil
Nacional
Petrobras reduz preço médio do querosene de aviação em 5,7%
Estatal precisou corrigir informação após ter divulgado por engano um aumento de 1,78%
A Petrobras anunciou ontem (3) a redução do preço médio do querosene de aviação (QAV) em 5,7% no mês de abril. Antes, a assessoria de imprensa da empresa havia divulgado um aumento de 1,78%, mas corrigiu a informação.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Aviação (Abear), o QAV responde por 40% dos custos das companhias aéreas. Os ajustes no preço do combustível são mensais e combinados previamente com as distribuidoras, segundo a Petrobras.
A Abear reforçou que busca fortalecer um diálogo com o poder Executivo e Legislativo para que haja uma recuperação do setor aéreo.
Na última semana, representantes da associação apresentaram a agenda do setor aéreo de 2023 para o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil, Marcus Cavalcanti.
“A nossa agenda segue tendo como foco o enfrentamento aos altos custos, sobretudo com a disparada de preços no QAV e o impacto do câmbio do dólar. As companhias tiveram anos de receita limitada com a pandemia da Covid-19 e enfrentam custos que ainda limitam a retomada da demanda e a oferta”, destacou a diretora de Relações Institucionais da Abear, Jurema Monteiro.
Mesmo com a redução no preço médio do querosene da aviação, a entidade ainda não considera a medida suficiente.
A Casa Civil afirmou que conhece as dificuldades da aviação e se colocou à disposição para o diálogo sobre o tema. “Entendo os desafios do setor, principalmente por ter boa parte de seus custos dolarizados. É preciso enfrentar essa agenda”, disse Marcus Cavalcanti.