PF fará reconstituição de cenário como na investigação do 8 de janeiro (Bruno Peres/Agencia Brasil)
Nacional
PF avança em investigações sobre atentado na Praça dos Três Poderes
Os investigadores trabalham para acessar o celular do autor e irão solicitar quebra de sigilos de Francisco Vanderlei Luiz
A Polícia Federal (PF) vai solicitar a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telemático de Francisco Vanderlei Luiz, autor do ataque ocorrido na noite de quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O homem de 59 anos morreu após detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). As informações foram publicadas no Blog da jornalista Andreia Sadi, do G1.
Foram dois episódios principais: o primeiro, em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Na sequência, outra explosão que matou um homem em frente ao STF. A PF trabalha com as hipóteses de ação terrorista e a de tentativa violenta de abolição do estado democrático de direito.
Os investigadores trabalham para acessar o celular do autor, encontrado bloqueado, e buscam compreender o planejamento do atentado, além de desvendar como ele se mantinha financeiramente na capital federal. Francisco, que era chaveiro em Santa Catarina, alugou uma casa em Ceilândia para executar o ataque.
De acordo com a Polícia Federal, o caso é tratado como terrorismo e será conduzido pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo. As hipóteses investigadas incluem uma tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito.
Francisco, ex-candidato a vereador pelo PL em 2020, comprou R$ 1,5 mil em fogos de artifício nos dias 5 e 6 de dezembro, usando cartão de débito. Ele teria modificado os artefatos artesanalmente para aumentar a potência das explosões.
A polícia segue ouvindo testemunhas e analisando imagens de segurança para reconstituir os passos do autor no dia do atentado. Comerciantes que venderam os materiais explosivos já prestaram depoimento e colaboram com as investigações.