A Petrobras prevê US$ 3,1 bilhões para exploração na Margem Equatorial, US$ 3,1 bilhões para a exploração nas Bacias do Sudeste e US$ 1,3 bilhão para outros paísesCrédito: Fernando Frazão/Agência Brasil
Nacional
Plano Estratégico da Petrobras prevê US$ 102 bilhões em investimentos
Estimativa é referente ao período entre 2024 e 2028; US$ 91 bilhões serão aplicados em projetos que já estão em implantação
A Petrobras prevê investir US$ 102 bilhões nos próximos quatro anos, uma alta de 31% dos investimentos de US$ 78 bilhões anunciados para os anos de 2023 a 2027. Ao publicar o plano estratégico para 2024 a 2028, a empresa afirmou que US$ 91 bilhões se referem a projetos que já estão em implantação, enquanto US$ 11 bilhões serão para projetos que ainda estão em avaliação.
“O aumento do Capex está associado principalmente a novos projetos, incluindo potenciais aquisições; a ativos que estavam em desinvestimentos e voltaram para a carteira de investimentos da companhia; e à inflação de custos, que impactou toda a cadeia de suprimentos”, informou a estatal.
Ao longo do período de cinco anos, o maior investimento está previsto para 2025. São US$ 21 bilhões. Para 2026, estão previstos US$ 19,1 bilhões. Os investimentos vão diminuir em 2027 (US$ 17,1 bilhões) e em 2028 (US$ 15,2 bilhões).
Deste valor, cerca de 72% serão injetados na área de exploração e produção (E&P). A área de Refino, Transporte e Comercialização, por sua vez, representa 16% do novo orçamento total, enquanto Gás e Energia (G&E) e Baixo Carbono tem 9%, e o Corporativo, 3%.
“O segmento de E&P mantém sua relevância para a companhia com o foco estratégico em ativos rentáveis e investimentos compatíveis com uma visão de longo prazo alinhada à transição energética”, disse a Petrobras.
Ao longo da semana, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Rui Costa da Casa Civil também participaram. Os dirigentes discutiram a reta final da elaboração do plano.
Lula pediu a Prates para inserir no plano projetos de geração de emprego e renda, mais encomendas para a indústria naval e a antecipação de prazos para a entrega de grandes projetos. A expectativa é de geração de 280 mil empregos diretos por ano, segundo Prates.
“Ao mesmo tempo, a companhia mantém grandes projetos de revitalização em águas profundas (Revit), além de projetos complementares, a fim de aumentar os fatores de recuperação em campos maduros”.
A empresa prevê US$ 3,1 bilhões para exploração na Margem Equatorial, US$ 3,1 bilhões para a exploração nas Bacias do Sudeste e US$ 1,3 bilhão para outros países. No investimento, consta a perfuração de cerca de 50 poços em áreas onde a companhia possui direito de exploração em blocos adquiridos.
Petróleo e gás
A estatal pretende elevar a produção de petróleo e gás para 3,2 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) em 2028. A alta é de mais de 14% acima dos 2,8 milhões boed projetados para 2024. Considerando apenas petróleo, a produção aumentaria 13,6% em 2028, para 2,5 milhões de barris ao dia (bpd), contra 2,2 milhões bpd previstos para 2024.
A Petrobras considera um cenário de queda para o petróleo Brent a US$ 80 o barril em 2024, US$ 78 em 2025, US$ 75 em 2026, US$ 73 em 2027 e US$ 70 em 2028. A cotação do dólar para financiar o plano foi prevista em R$ 5,05 no ano que vem, ficando estável nos anos seguintes, com queda para R$ 4,98 em 2027 e R$ 4,90 em 2028.