O Brasil produz apenas 15% da sua demanda de adubo e quer se tornar menos dependente de outros países Crédito: Claudio Neves/Portos do Paraná
Agronegócio
Plano Nacional de Fertilizantes pode sair ainda este ano
Titular da pasta da Agricultura, Carlos Fávaro, diz que a produção de insumos deve ser tratada como assunto de soberania nacional
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, garantiu que as estratégias para o Plano Nacional dos Fertilizantes saem do papel ainda este ano. O projeto está sob responsabilidade da Secretaria do Conselho Nacional de Fertilizantes da pasta. “Já está em andamento. Já tivemos reuniões nesse sentido. São ações em todas as áreas”.
Junto com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro da Agricultura pretende tornar o Brasil “menos dependente do mercado internacional”.
“Neste momento de globalização o Brasil viu como a gente tem que tratar fertilizantes com algo de soberania nacional”, enfatizou. “Como nós vamos pensar em produzir sem ter fertilizantes?”, criticou o ministro.
O Brasil produz apenas 15% da sua demanda de adubo. Carlos Fávaro lembrou que o alerta veio após a pandemia de Covid-19 e com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, os dois grandes fornecedores mundiais dos insumos.
O ministro também lembrou que para o projeto ter sucesso é importante diminuir o preço do gás natural. “É o gás natural mais caro do mundo, o que tira a competitividade da indústria nacional. Tem indústrias fechando. Por exemplo, nós precisamos produzir mais fertilizantes e por que estamos fechando? Porque temos o gás natural entre os mais caros do mundo”, finalizou.