“Plano Nacional de Logística precisa ser de Estado”, diz Jorge Bastos

Presidente da Infra S.A. destacou que estratégias traçadas para o desenvolvimento da infraestrutura precisam ser mantidas independentemente de governos

O presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, disse que a empresa está começando a trabalhar no Plano Nacional de Logística 2035 (PNL 2035) e pediu ajuda do setor para que esse plano seja “de Estado e não de Governo”, ressaltando a importância de manter as estratégias traçadas independentemente das mudanças na gestão federal.

Ele falou sobre o assunto em sua participação na solenidade de abertura do XIV Congresso dos Portos de Língua Oficial Portuguesa, na segunda-feira (16), que ocorreu dentro da programação do Fórum Brasil Export. O evento teve início no mesmo dia e segue até quarta-feira (18), em Brasília. A iniciativa é do Grupo Brasil Export, com realização da Una Media Group, produção da Bossa Marketing e Eventos e mídia oficial do BE News.

Bastos contou ainda que a Infra S.A irá assinar, nesta terça-feira (17), um acordo com Angola para desenvolver projetos de infraestrutura portuária e que o idioma em comum é um facilitador para estas parcerias.

O congresso reúne representantes da Associação dos Portos de Língua Oficial Portuguesa (Aplop) e tem como objetivo principal promover a cooperação entre seus membros. Fazem parte da Aplop Angola; Brasil; Cabo Verde; Guiné Bissau; Guiné Equatorial; Moçambique; Portugal; São Tomé e Príncipe, e Timor Leste.

Sergio Aquino, presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (FENOP), disse que um dos maiores desafios para a integração entre os portos é o idioma. “Por isso, talvez seja o português o grande fator de união dessa entidade, que permite que portos com características muito próximas que estão na Europa, na África e na América possam se unir na busca de soluções conjuntas”.

Nazareth Neto, vice-presidente da Aplop, declarou que o Congresso é uma oportunidade de sublinhar as boas relações que existem entre os países de língua portuguesa e discutir como os portos que fazem parte da Aplop estão se preparando para a descarbonização do setor marítimo e portuário. “Precisamos alcançar uma estratégia para internacionalizar os portos da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e, consequentemente, aumentarmos a competitividade deles”, alertou.

Fabrício Julião, CEO do Grupo Brasil Export, disse que estava feliz em ver o congresso ocorrendo dentro da programação do fórum, já que estreitar a relação comercial entre os portos “é um dos grandes objetivos do Brasil Export”.

Julião também agradeceu a presença de Pedro Brito na plateia, que foi ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos de maio de 2007 até o final do segundo mandato de Lula. No fim da cerimônia, Brito foi nomeado como conselheiro nacional do Brasil Export por José Roberto Campos, presidente do Conselho.