O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que vem lutando por mais benefícios para o Plano Safra, pois segundo ele próprio, os custos subiram sensivelmenteCrédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Nacional
Plano Safra 2023/24 terá como critério práticas sustentáveis
Programa ABC+ incentiva a agropecuária de baixa emissão de carbono
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na última quinta-feira (27) que o Plano Safra deste ano e de 2024 terá como diretriz o programa ABC+, que incentiva a agropecuária de baixa emissão de carbono. Segundo ele, a ideia é premiar agricultores e pecuaristas que usam boas práticas de produção.
“A linha mestra do Plano Safra será ABC+. Mas isso não significa levar aos produtores mais alguma obrigação além do que já fazem para ter acesso ao crédito”, disse o ministro.
De acordo com Fávaro, apesar dos incentivos às boas práticas, não haverá restrição para quem optar por produzir apenas dentro da legalidade. “Não vamos restringir nenhum produtor”, garantiu.
“Vamos dar essa característica do Plano Safra e premiar os produtores que têm boas práticas. Vamos conseguir demonstrar que a maioria dos produtores tem boas práticas sociais e ambientais. Será a nova roupagem do Plano Safra”, disse.
Fávaro explicou que a “régua de acesso” ao benefício começará com a legalidade da produção. “Só tira do acesso aquele que cometeu ilegalidade, quem desmata sem licença”, disse. “Se o produtor tem Cadastro Ambiental Rural (CAR), já tem boa prática, ou faz plantio direto. Vai aumentando o benefício à medida que tem boas práticas”, exemplificou o ministro.
Além disso, o chefe da Agricultura disse que está lutando por mais benefícios para o Plano Safra. “Temos a necessidade de ampliar o Plano Safra, pois os custos subiram sensivelmente”, disse. Também apontou que reduzir os juros também será necessário para ajudar na melhora da proposta. “A taxa básica de juros está muito alta, tira a competitividade dos setores. O plano tem a missão de equalizar juros mais baratos”, finalizou.
Carlos Fávaro se reuniu na quinta-feira com a diretoria da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA). A entidade pediu a ele que o próximo Plano Safra tenha aproximadamente R$ 403,88 bilhões em recursos e a garantia do dinheiro anunciado ao longo dos 12 meses do programa sem interrupções.