O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) apresentou, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o projeto CBA Conecta para representantes das empresas de diversos segmentos do Polo Industrial de Manaus. Foto: Suframa/Divulgação
Bioeconomia
Polo Industrial de Manaus quer atrair mais investimentos
Centro de Bionegócios da Amazônia lançou CBA Conecta para estimular colaboração da iniciativa privada
O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) apresentou, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o projeto CBA Conecta para representantes das empresas de diversos segmentos do Polo Industrial de Manaus. A iniciativa é para estimular parcerias privadas em soluções e negócios no âmbito da bioeconomia.
Os projetos que já estão aptos a receber investimentos foram apresentados durante uma reunião na última segunda-feira (29) entre o secretário da Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, o diretor-geral do CBA, Márcio Miranda, e o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva.
Essas propostas são nas áreas de produtos naturais, materiais e energia, tecnologia vegetal, bioinsumos, tecnologia industrial e central analítica. Foi apresentado também o CBA Open, uma estrutura compartilhada com empresas, associações, organizações de fomento e ICT, espaços de coworking e de realização de eventos, laboratórios multiusuários, um condomínio de startups e o estabelecimento de parcerias com escolas de bionegócios.
“Estou impressionado com o interesse do mundo inteiro na área de bioeconomia. Toda semana recebo dois, três embaixadores de vários lugares do mundo querendo informações sobre a Amazônia. E a grande novidade desse novo CBA é que ele deixa de ser um centro de pesquisa para ser também um centro, sobretudo, de bionegócios, para que, em parceria com as empresas privadas, especialmente empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), possa desenvolver produtos e negócios a partir da biodiversidade da Amazônia que gerem riqueza e renda para as comunidades locais”, disse Rollemberg.
Ele ressaltou que, a partir do novo modelo de gestão, o CBA passou a ser uma instituição privada com versatilidade para captar recursos das empresas pelas regras da Lei de Informática, em que é obrigatório investir 5% do faturamento bruto em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
“Esses recursos serão fiscalizados pela União e as empresas ao aportarem recursos para o CBA já cumprem com a sua obrigação legal, seja nos projetos que já estão em curso, ou ainda poderão sugerir novos, se assim desejarem”, afirma Rodrigo Rollemberg.
O diretor-geral do CBA, Márcio Miranda, afirmou que o Centro passa por um importante momento em sua trajetória. “Queremos eliminar o estigma dos investimentos em ‘bio’ sem retorno, mostrar que as empresas do Polo Industrial de Manaus podem ser parceiras na reestruturação do CBA e para isso queremos envolver os empresários na geração de ideias para bionegócios”, ressalta.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, destacou a importância dos diálogos voltados aos assuntos estratégicos para o futuro da Amazônia e fez, ainda, uma comparação do projeto “CBA Conecta” com o projeto das “Jornadas de Integração e do Desenvolvimento” promovidas pela Suframa nos Estados da sua área de abrangência.
De acordo com ele, ambas buscam fomentar ambientes de colaboração e disseminação de informações com a finalidade de estimular a geração de negócios. “É uma importante forma de mobilização e de aproximação entre o CBA e as indústrias, centros de pesquisa, universidades e outros, visando à formação de parcerias”, pontua Saraiva.