Os projetos desenvolvidos no CBA buscam estimular o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, ambiente com sistema de inovação aberta e parceria para negócios (Foto: Divulgação/CBA)
Região Norte
Projetos de bionegócios da Amazônia tenta captar até R$ 4 mi
Soluções com base na biodiversidade têm o objetivo de estimular tecnologias sustentáveis
O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) disponibilizou a primeira parte do portfólio de projetos e soluções que estão aptos a receber investimentos estabelecidos pela Lei de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). São oito iniciativas envolvendo pesquisas que já estão em desenvolvimento no CBA. O valor dos projetos varia de R$ 1,5 milhão a R$ 4 milhões.
Os projetos seguem o padrão do CBA: todos são desenvolvidos a partir da pesquisa aplicada em biodiversidade, estimulando o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis em laboratórios multiusuários de alta tecnologia, ambiente com sistema de inovação aberta e parceria para negócios.
As iniciativas têm como diretrizes o incentivo à estruturação e o fortalecimento das cadeias produtivas, com foco na preservação do meio ambiente e promoção dos benefícios sociais e econômicos para as comunidades tradicionais e na valorização do conhecimento de origem amazônica.
“A divulgação desse portfólio é um passo extremamente importante para aumentar o diálogo do CBA com essa comunidade empresarial e investidora em projetos de PD&I”, destacou o diretor-geral do CBA, Márcio Miranda.
Para a diretora de Bionegócios do CBA, Andrea Lanza, os projetos selecionados contemplam prioritariamente a valorização das cadeias produtivas e o compartilhamento de benefícios com as populações tradicionais. “Essa é a grande missão que o CBA tem buscado desenvolver”, disse ela.
O diretor de Operações do CBA, Caio Perecin, ressaltou que a seleção se deu buscando entender o que o setor buscava. “A gente buscou entender as demandas do mercado com as empresas, produtores, agentes de governo e organizações não governamentais que também têm conhecimento das cadeias produtivas, para atender a essas demandas com novas soluções tecnológicas que promovam a geração de novos bionegócios e a geração de renda para as populações ribeirinhas e populações tradicionais”, afirmou.
O secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, ressaltou a importância do Centro. “O CBA e aos projetos desenvolvidos na instituição são fundamentais para fomentar o desenvolvimento das cadeias produtivas regionais, com foco no desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia”, explicou.
O conjunto de iniciativas é o seguinte:
1 – Utilização do lodo de Estação de Tratamento de Esgoto para a produção de adubo orgânico;
2 – Obtenção e caracterização de bebida clarificada de bacaba e açaí e estudo clínico de sua utilização no controle de aterosclerose e obesidade;
3 – Biodefensivos para a Agricultura: Utilização de microrganismos no controle biológico de pragas e doenças de cultivos de importância econômica na Amazônia;
4 – Biofertilizantes para o emprego em sistemas de produção agrícola regionais a partir de microrganismos amazônicos;
5 – Estruturação da cadeia produtiva do curauá para a elaboração de protótipos;
6 – Desenvolvimento de embalagens inteligentes e sustentáveis à base de resíduos agroindustriais;
7 – Microalgas amazônicas como fonte de insumos para produtos plant based e para a obtenção de pigmentos naturais;
8 – Estruturação da Central Analítica do CBA para o monitoramento da qualidade na cadeia produtiva de óleo de copaíba.