Vazamento de ácido sulfúrico foi registrado no terminal operado pela empresa Vopak. Divulgação
Região Nordeste
Porto de Aratu tem vazamento de ácido sulfúrico
Codeba informou não houve feridos e não há risco para as operações
Um vazamento de ácido sulfúrico ocorreu no Porto de Aratu, na Região Metropolitana de Salvador, na noite de terça-feira (9), na área 1 do terminal operado pela empresa Vopak.
A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) confirmou o vazamento e disse que não houve feridos. “O incidente foi prontamente controlado pelas equipes técnicas e operacionais da empresa. A ocorrência ficou concentrada em uma área específica do terminal, e não representa riscos às operações”, disse em nota.
A Autoridade Portuária informou ainda que “preza pela segurança nas operações realizadas nos portos sob sua administração, sempre em conformidade com a legislação e com respeito às determinações de todos os órgãos de Controle e Regulação”.
O incidente ocorreu em meio a problemas estruturais e falta de equipamentos de combate a incêndio, que resultaram na interdição dos armazéns 4 e 5 do complexo portuário, segundo informações do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT), no último dia 25 de março, conforme noticiado pelo BE News. A ação foi uma resposta à demanda dos trabalhadores que operam no porto, visando prevenir acidentes de trabalho.
Na semana anterior, entre os dias 18 e 20 de março, o pátio de triagem do complexo também foi interditado depois de passar por fiscalização trabalhista. As duas ações foram realizadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (STR/BA).
Durante a visita aos armazéns, que guardam pilhas de fardos de celulose, a equipe da Auditoria-Fiscal do Trabalho verificou obstrução dos portões que atrapalhavam a movimentação de máquinas, a iluminação, a circulação de trabalhadores e o acesso à saída, além da quantidade insatisfatória de extintores de incêndio.
Os fiscais detectaram ainda saliências no piso dos armazéns, que dificultam a circulação de funcionários e máquinas de carga, bem como o risco de tombamento das empilhadeiras. Apontaram também falta de sinalização adequada à segurança e falta de sistema de iluminação de emergência para evacuação nos casos de interrupção de energia elétrica e de auxílio em possíveis resgates.
À época da interdição, em nota, a Codeba informou que todas as irregularidades apontadas pelos fiscais, tanto no caso do Pátio de Triagem como nos armazéns 4 e 5 “referem-se à implementação de medidas e sistemas já contratados ou com implantação em andamento”.
O documento ressaltou, ainda, que os armazéns citados não estão sendo utilizados “justamente por estarem em processo de adequação e correspondente aprovação dos projetos de combate a incêndio para que voltem a operar”.