A operação em Cabedelo prevê a exportação de 20 mil toneladas de açúcar demerara nos próximos dias, divididos em dois embarques de 10 mil toneladas, rumo à ÁfricaCrédito: Divulgação
Região Nordeste
Porto de Cabedelo volta a exportar açúcar após mais de 10 anos
Após conclusão da dragagem, porto passa a movimentar carga que antes saía pelos complexos de Pernambuco
Depois de mais de 10 anos, o Porto de Cabedelo (PB), voltou a embarcar açúcar, carga que até então seguia para os portos do Recife (PE) e Suape (PE). A operação, iniciada nesta quarta-feira (20), prevê a exportação de 20 mil toneladas de açúcar demerara nos próximos dias, divididos em dois embarques de 10 mil toneladas, rumo à África. A carga é da Japungu Agroindustrial, com sede em Santa Rita (PB).
A operação foi retomada após investimentos feitos pelo Governo da Paraíba, que incluíram reformas nos armazéns e a dragagem do canal de acesso, aumentando a profundidade de 9,14 metros para 11 metros. As obras foram entregues no último dia 11 e podem abrir novas possibilidades para o complexo portuário paraibano.
O açúcar foi armazenado no recém-inaugurado Armazém 7 e a responsável pelas operações é a empresa Marlog, do Grupo Marajó. O empresário Arlan Rodrigues, presidente do grupo, explicou que o embarque do açúcar ensacado demanda mais trabalhadores que a operação com granéis sólidos, o que acaba fortalecendo a mão-de-obra local e os trabalhadores portuários avulsos, impactando positivamente cerca de 150 famílias.
Agora, o porto espera que esta primeira operação atraia outras empresas produtoras de açúcar no estado da Paraíba. No ano passado, o segmento exportou 13 mil toneladas do produto por outros portos e em 2023 já contabiliza mais de 35 mil toneladas, que acabaram sendo escoadas por outros complexos.
Melhorias
O aprofundamento do canal de acesso e da bacia de evolução do Porto de Cabedelo foi entregue na última segunda-feira (11), permitindo que navios carregados com até 55 mil toneladas operem no complexo. Antes, o porto só recebia embarcações com até 35 mil toneladas e dependia da alta da maré.
O investimento foi de R$ 115 milhões, oriundo de recursos do Estado. A obra foi iniciada no ano passado com o objetivo de aumentar a profundidade do canal de 9,14 metros para 11 metros e a largura da bacia de evolução (área de manobra dos navios), que ficou com 300 metros de largura.
O novo calado permitirá um crescimento de até 57% na capacidade de movimentação de cargas do complexo portuário.