Foto: Divulgação CDC
Região Nordeste
Porto de Fortaleza fará estudos para aumentar capacidade operacional
Fundação ligada à USP será responsável pela pesquisa, que será entregue até o fim deste ano
A Companhia Docas do Ceará (CDC) firmou contrato com a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), instituição formada por docentes e pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), para realizar estudos técnicos especializados e simulações de manobra na área costeira do Porto de Fortaleza – também conhecido como Porto de Mucuripe.
A ideia é desenvolver cenários para melhorar e ampliar as condições de navegabilidade e atracação de navios em diferentes situações, ampliando a capacidade operacional do complexo. Os estudos darão suporte a tomadas de decisões, no sentido de aumentar a produtividade operacional e a modernização da infraestrutura do porto e serão entregues até o fim deste ano.
Durante esse período, serão realizadas várias reuniões para tratar do projeto. Será discutida a melhor maneira para definir os detalhes técnicos, segundo o Diretor de Infraestrutura e Gestão Portuária da CDC, Urbano Filho. “Estamos objetivando o aumento da profundidade operacional para podermos receber navios maiores, inserindo, assim, o porto no circuito de grandes rotas de longo curso, como a Ásia. Buscamos viabilizar um canal de acesso alternativo, devidamente sinalizado, o Barra-Oeste. E o aumento da capacidade operacional do Porto […].”
Após a assinatura do contrato, na última sexta-feira (26), o Diretor-Presidente da CDC, Lucio Gomes, participou de uma reunião virtual com o Professor Dr. Eduardo Tannuri, da FDTE, com as presenças do Diretor de Infraestrutura e Gestão Portuária, Urbano Filho, e do Assessor Técnico da Presidência da CDC, Roberto Loureiro. Na ocasião, o Professor Tannuri apresentou a metodologia de trabalho e o cronograma das entregas dos diversos produtos.
“Produziremos vários estudos, como os de movimentos verticais, os de amarração para os navios de cruzeiro; toda a pesquisa será elaborada em um centro de circulação de manobras, onde já simulamos robôs fluviais para os navios da Amazônia, além de modelagens hidrodinâmicas das correntes marítimas para alguns portos”, afirmou.
Lucio Gomes ainda falou sobre a necessidade de modernizar o complexo portuário cearense, considerando o crescimento das atividades do espaço. “Precisamos estudar a possibilidade de aumento do nosso calado, para os navios de contêineres e para os de passageiros. Além disso, outro ponto importante é analisar a viabilidade da extensão do Porto, dentro dos limites da bacia, uma vez que estamos crescendo a operação – em breve, chegaremos a uma ocupação de quase 70% da área alfandegada”, comentou o diretor-presidente.