O complexo marítimo iniciou, ainda em 2021, estudos de manobrabilidade para avaliar a possibilidade de entrada e saída de navios de maiores dimensões.
Região Sul
Porto de Imbituba espera movimentar mais de 7 milhões de toneladas
Expectativa eleva marca registrada no ano passado em quase 5%
O Porto de Imbituba (SC) espera atingir a marca de 7,1 milhões de toneladas de cargas movimentadas até o fim deste ano, cerca de 5% a mais do que a movimentação registrada em 2021, de 6,8 milhões de toneladas. A expectativa é baseada no Planejamento Estratégico da SCPAR Porto de Imbituba, a Autoridade Portuária.
E pensando na expansão da capacidade do porto, o complexo iniciou, ainda em 2021, estudos de manobrabilidade para avaliar a possibilidade de entrada e saída de navios de maiores dimensões. Os estudos são considerados essenciais para viabilizar a infraestrutura necessária que consolide a atracação de navios de grande porte e também a ampliação da área de acostagem de navios para atender com maior eficiência a demanda do mercado nos próximos anos.
Quanto aos investimentos, em março, foi assinado o contrato de arrendamento do Terminal de Granéis Líquidos (TGL) com a empresa Fertilizantes Santa Catarina (Fertisanta), vencedora do leilão realizado em novembro do ano passado. A negociação injeta cerca de R$ 25 milhões na modernização do terminal, além da outorga, no valor de R$ 200 mil. O TGL é destinado, em especial, à movimentação e armazenagem de soda cáustica e já estava sob um arrendamento transitório desta mesma empresa.
Em seguida, no início de abril, foi assinado o arrendamento transitório do Terminal de Granéis Minerais (TGM IMB06) com o Consórcio Sul Minas, que movimentará cargas de minério de ferro, coque e hulha betuminosa. Os investimentos previstos para a área passam de R$ R$ 7 milhões.
Os dois arrendamentos assinados recentemente representam um investimento de mais de 30 milhões na área do Porto de Imbituba.
E para os contratos vindouros, a Autoridade Portuária publicou, no último dia 11, o edital de chamamento público para a doação de Estudo(s) de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEAs). O objetivo é subsidiar a modelagem de futuros arrendamentos nas áreas operacionais disponíveis no Porto de Imbituba, conforme o Plano de Zoneamento e Desenvolvimento (PDZ).
Obras
O complexo portuário também passa por obras. Entre as principais está a recuperação e o reforço do Cais 3, considerada a maior obra já realizada pela Autoridade Portuária. A licitação está em fase final de discussão no âmbito do Conselho de Administração da empresa, mas com previsão de início das melhorias ainda em 2022.
Atualmente o berço é responsável por cerca de 1/3 da movimentação anual do Porto. Além de recuperar o ativo, o projeto trará mais segurança e eficiência para as operações, com capacidade de recebimento de navios e equipamentos portuários maiores.
A SCPAR também implantou um novo sistema aduaneiro de controle de entrada e saída de veículos, pesagem dos caminhões e agendamentos marítimos. A ferramenta foi pensada para trazer mais rapidez à atividade portuária.
Outro contrato assinado é referente a instalação de um sistema de captação de energia solar, obra que deve começar em breve e que contribuirá com 15% do consumo elétrico atual do Porto. Serão adequados cerca de 830 m² de área de telhado para a geração de energia fotovoltaica.
Em abril, foi entregue parte da nova iluminação das vias internas do complexo. O investimento de R$ 3,3 milhões remodelou toda rede de alta tensão e iluminação, e representa a mais importante melhoria na infraestrutura elétrica do Porto desde 1994, quando a rede antiga foi implantada.
A nova rede contempla aproximadamente 7 km de linhas de alta tensão, com 25 km de cabeamento subterrâneo, além de 170 postes de fibra de vidro, mais leves e resistentes à maresia e ventos típicos da região de Imbituba.
A iluminação ficou por conta de 225 luminárias de LED, mais econômicas, duráveis, com acendimento automático e controle da intensidade da luz. A última etapa, com previsão de conclusão ainda neste semestre, consiste na remoção da estrutura antiga, completamente desativada desde o dia 5 de abril.