Presidente do Porto de Lisboa, Carlos Correia apresentou os planos de desenvolvimento do complexo marítimo (crédito: Bruno Merlin)
Portugal Export
Porto de Lisboa aposta em transporte hidroviário e sustentabilidade
Administração do complexo marítimo quer começar a movimentar contêineres em barcaças pelo Rio Tejo. Projeto está em estudos
Principal complexo marítimo de Portugal, o Porto de Lisboa aposta no transporte hidroviário e em ações de sustentabilidade para seu desenvolvimento. Um dos mais importantes projetos em desenvolvimento é a implantação de linhas de transporte hidroviário pelo Rio Tejo (onde seus terminais estão localizados), que serão destinadas à movimentação de contêineres entre a região da capital e o interior do país. A iniciativa foi destacada pelo presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Carlos Correia, nesta manhã de sexta-feira, dia 18, durante sua apresentação no Portugal Export, na Gare Marítima de Alcântara, na zona portuária.
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Segundo Correia, a APL tem buscado reduzir o impacto das operações de carga na região – a área portuária ocupa ou acaba afetando onze municípios da Grande Lisboa. E uma das ações em estudo é a exploração do modal hidroviário no Tejo para deslocar os contêineres entre o interior e os terminais. “Nosso projeto, já em estudo e que deve entrar em licenciamento no próximo ano, é utilizar o Rio Tejo para movimentar contêineres. Assim, não afetamos o trânsito de Lisboa, não impactamos nossa população”.
O projeto prevê utilizar barcaças capazes de carregar 100 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O modal hidroviário seria utilizado por um trecho de 50 quilômetros do rio, até a região de Castanheira do Ribatejo, explicou o Tiago Fernandes, chefe da Divisão de Logística do Porto, que também fez uma apresentação no Portugal Export. “Cada vez mais o que está ao redor do porto cresce e temos de trabalhar para garantir o desenvolvimento do complexo, mas sem gerar grandes impactos na população. Por isso apostamos na melhoria das acessibilidades e no incremento da intermodalidade. Nesse sentido, o uso do Rio Tejo é a solução ideal”, afirmou.
No ano passado, 91% das cargas do Porto de Lisboa foram movimentadas entre os terminais e o interior do país por rodovias. A ferrovia respondeu por 9%. A proposta da APL é chegar em 2027 com as estradas operando 67% das mercadorias, os trens, 26%, e o transporte fluvial, 7%.
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