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O painel “Portoceano: Pensar e Agir para um Oceano Sustentável” foi realizado no auditório da Associação Comercial de Santos, na tarde de ontem (Divulgação)

Região Sudeste

Porto de Santos é o 4º melhor do Brasil no Índice de Desempenho Ambiental

Atualizado em: 11 de outubro de 2022 às 10:40
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Dado foi mencionado pelo diretor de Negócios da SPA durante participação em painel do encontro “Diálogos da Cultura Oceânica”, da Unesco, na ACS

O Porto de Santos (SP) recebeu 28% das trocas comerciais do Brasil no ano passado, segundo relatório da Santos Port Authority (SPA). E de que forma o maior complexo portuário da América Latina contribui para a sustentabilidade do oceano? A questão foi debatida durante o painel “Portoceano: Pensar e Agir para um Oceano Sustentável”, do encontro internacional “Diálogos da Cultura Oceânica (Ocean Literacy Dialogues)”, organizado pelos programas Cultura Oceânica para Todos, da Unesco, Maré de Ciência, da Unifesp, e Prefeitura Municipal de Santos. O evento foi realizado no auditório da Associação Comercial de Santos, na tarde de ontem. 

O painel foi dividido em dois blocos. No bloco 1, sabatinado pelo moderador do debate, o professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo, Rodrigo More, o diretor de Negócios da SPA, Bruno Stupello, disse que o Porto de Santos ocupa a quarta posição no Índice de Desempenho Ambiental (IDA), que tem por objetivo verificar a evolução qualitativa e o comprometimento socioambiental do setor. 

“Estamos com 160 milhões de toneladas de cargas movimentadas neste ano, no Porto de Santos, então, é bem representativo estarmos entre as primeiras colocações”, afirmou. 

Stupello explicou que, para manter a licença de operação, o Porto de Santos precisa cumprir as exigências referentes a 30 condicionantes ambientais. “Desde 2021 estamos com todas elas atendidas. Em 2018 e 2019, tínhamos oito atendidas”, pontuou Stupello, ressaltando que, nos últimos anos, houve um aumento da preocupação com o meio ambiente e mudança na cultura de gestão, mais voltada à sustentabilidade.

O diretor comentou ainda que a companhia estuda a possibilidade de incluir em contratos futuros “diversos parâmetros para atendimento de melhoria na gestão ambiental”. 

Já a professora da Universidade Federal da Bahia, Vanessa Hatje, fez uma crítica à legislação ambiental no que se refere às condicionantes. “A nossa legislação, embora imponha uma quantidade de condicionantes, do ponto de vista científico e pensando nas qualidades necessárias para gerir o meio ambiente de maneira a preservar as espécies sensíveis e manter todas as funções ecológicas e serviços ecossistêmicos, é bastante flexível”, afirmou. 

O gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Uirá Cavalcante Oliveira, explicou que, além da função de regulação, o órgão também atua na fiscalização ambiental junto aos portos públicos e terminais privados. Uma das iniciativas com o objetivo de mitigar a poluição foi a criação do IDA, o Índice de Desempenho Ambiental dos Portos, que tem como uma das premissas de avaliação o gerenciamento de resíduos. 

“O IDA fiscaliza a existência dos planos de gerenciamento e o cumprimento das conformidades ambientais”, explicou Oliveira. “A gente observa que existe uma evolução no atendimento dessas conformidades de forma geral”, complementou. 

Participaram do bloco 2 a chefe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Santos, Ana Angélica Alabarce, o vice-presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), Leonardo Ribeiro, e o assessor técnico de Assuntos Portuários e Projetos Especiais da Prefeitura de Santos, Adilson Luiz Gonçalves. 

O encontro internacional será realizado até sábado, reunindo representantes de mais de 26 países. A programação completa está disponível no site https://oceanliteracydialogues.com/pt/inicio/. 

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