O secretário Jorge Lima alerta para o risco de o Porto de Santos perder espaço para os terminais do Arco Norte nas exportaçõesCrédito: Gabriel Imakawa/Brasil Export
Região Sudeste
Porto de Santos precisa de estratégia para médio e longo prazo, diz Jorge Lima
Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo palestrou no Santos Export
O Porto de Santos precisa acelerar o seu planejamento estratégico de médio e longo prazo para não perder competividade. Essa foi a opinião do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Jorge Lima, exposta durante palestra no segundo dia do Fórum Santos Export.
Na visão dele, é preciso definir e executar projetos, como o túnel que ligará Santos a Guarujá, a dragagem e o aumento do calado do complexo portuário. “Isso não acontece sem a participação de vocês (empresariado)”, disse o secretário.
Lima citou que hoje 63% da movimentação realizada pelo Porto de Santos vem do agronegócio. Porém, o Arco Norte vem se destacando nessas operações e com a conclusão da Rota Bioceânica, “o Porto de Santos perderá a maior parte das exportações porque será mais vantajoso exportar para a China pelos portos do Arco Norte. E então, como faremos?”, questionou.
“Por isso, ressalto a importância de definirmos qual é o desenho estratégico em médio e longo prazo que faremos para a Baixada Santista”, concluiu.
Arco Norte
Nos últimos dez anos a participação dos portos do Arco Norte no escoamento das cargas de exportação do agronegócio triplicou. E no primeiro trimestre deste ano, pela primeira vez na história, os terminais do Norte-Nordeste ultrapassaram Santos nos embarques de milho.
Das mais de 9 milhões de toneladas do grão vendidas ao mercado externo no período, os portos do Arco Norte foram responsáveis pelo embarque de 3,56 milhões de toneladas, o que representa 36,4% da movimentação nacional nos três primeiros meses do ano. Santos ficou com 24,9%.
Os dados são do Boletim Logístico de Abril, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).