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Porto do Pecém

Porto do Pecém é o primeiro do País a usar embarcação autônoma para atualizar carta náutica

Atualizado em: 29 de janeiro de 2024 às 10:06
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Inovação tem grande eficiência operacional, já que opera 24h e sem necessidade de tripulação a bordo  

O Porto do Pecém (CE) foi o primeiro terminal portuário do Brasil a usar uma embarcação que opera de forma autônoma, chamada Guará, para realizar um levantamento hidrográfico com objetivo de atualizar a Carta Náutica do local e realizar um estudo de sísmica rasa (lâmina d’água de menos de 100 m). 

O estudo trouxe mais informações sobre o solo marinho e os dados registrados foram aprovados neste mês, pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM).

“Essa aprovação atesta a qualidade do serviço, que foi executado nos padrões mais rigorosos da Marinha, colocando Pecém na vanguarda da inovação do setor portuário”, celebrou Fábio Abreu, diretor de Engenharia do Complexo do Pecém. 

Além da área interna, o levantamento cobriu a rota proposta para um canal de acesso para embarcações de grande porte, a área de fundeio dos petroleiros e futuras áreas de expansão do complexo portuário cearense.

Felipe Guimarães, engenheiro responsável pelo projeto, ressaltou que o uso de embarcações tipo USV (autônomas) em levantamentos hidrográficos é inovador no mundo e possui grande potencial por sua eficiência operacional, já que são capazes de operar sem a necessidade de tripulação a bordo. 

“Isso resulta em uma coleta de dados mais produtiva, pois as missões podem ser realizadas de forma contínua, 24 horas por dia, sem interrupções para descanso ou troca de tripulação”.

Ele explicou que esse tipo de embarcação também reduz custos e erros humanos, diminuindo a probabilidade de danos às embarcações e equipamentos. “Além disso, a ausência de tripulação a bordo elimina os riscos associados à exposição humana a condições adversas, como tempestades ou ambientes hostis. Isso contribui para um ambiente de trabalho mais seguro, reduzindo a probabilidade de acidentes e melhorando a segurança das operações”, pontuou. 

Outra vantagem é a coleta de dados em tempo real, que permite que as informações sejam transmitidas instantaneamente para centros de controle em terra. “Isso proporciona uma tomada de decisão mais rápida e eficaz, permitindo ajustes imediatos nas operações com base nos dados em tempo real”, concluiu Felipe Guimarães.

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