O CEO do Value Global Group, Ricardo Azevedo, confirmou com exclusividade ao BE News, que o Porto Seco de Quixeramboim já tem contratos assinados. Foto: Divulgação
Região Nordeste
Porto Seco de Quixeramobim já tem contratos assinados
Local deve começar a funcionar em 2026 e tem 12 pré-contratos para operação
O CEO do Value Global Group, Ricardo Azevedo, confirmou com exclusividade ao BE News, que o Porto Seco de Quixeramboim (CE) já tem contratos assinados nos setores de agronegócios, construção civil, energia, combustíveis, agroindústrias, mineração, logística, tecnologia, confecção e calçados. As operações começam no ano que vem, com estimativa de faturamento mensal de R$ 2,5 milhões.
Quixeramobim fica no Sertão Central cearense e abrigará a nova área alfandegada, que recebeu investimentos de R$ 625 milhões, e será vinculada à ferrovia Transnordestina.
O projeto do porto seco é resultado de negociações entre a Value Global Group e a administração municipal – ambas firmaram um memorando de intenções em abril do ano passado. Com investimento privado, o município contribuirá com a concessão de um terreno com área de 150 hectares. A ideia é proporcionar uma área de transbordo de carga, agilizando os processos alfandegários tanto para exportação quanto para importação, apoiando as operações da Transnordestina.
“A área é de 362 hectares, mas o raio de atuação por modal rodoviário a partir do nosso terminal e onde carregaremos e descarregaremos na ferrovia Transnordestina será de 250 km”, explica Azevedo.
EMPREGOS E OBRAS
A expectativa é que sejam criados cerca de 1,3 mil empregos, tanto diretos quanto indiretos. A primeira fase da obra, que é a etapa de terraplanagem, está em execução. O porto seco terá um terminal para grãos, minérios e contêineres, com ligação direta à ferrovia.
A economia com a redução de custos poderá chegar a 50% no valor do frete na comparação com o transporte rodoviário, segundo o CEO. Com a chegada da Transnordestina ao Porto do Pecém (CE), o valor movimentado mensalmente pode atingir entre R$ 5 milhões e R$ 15 milhões.
Antes de se consolidar como porto seco, o terminal funcionará como um centro multimodal de carga e descarga, permitindo o armazenamento de minérios, fertilizantes e contêineres. Após o término da construção, a empresa pretende solicitar autorização à Receita Federal para operar como porto seco, beneficiando-se de vantagens fiscais e aduaneiras. Quixeramobim é o primeiro município do Ceará a formalizar um projeto neste âmbito.