De acordo com a Prefeitura de Três Lagoas, o porto seco é importante e necessário para o desembaraço e escoamento da produção industrial do município do Centro-OesteCrédito: Divulgação/Prefeitura de Três Lagoas
Região Centro-Oeste
Porto Seco de Três Lagoas não sai do papel
Estação aduaneira no interior de Mato Grosso do Sul é discutida há mais de 10 anos
A instalação de um porto seco no município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, está em discussão há mais de 10 anos e não saiu do papel.
A prefeitura da cidade apresentou, em 2012, o Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica e Ambiental do projeto e o orçamento para a implantação, mas até hoje não houve licitação – que por se tratar de estação aduaneira, deve ser feita pela Receita Federal, explicou a Administração Municipal.
De acordo com a Prefeitura, o porto seco é importante e necessário para o desembaraço e escoamento da produção industrial do município, no Centro-Oeste do Brasil, grande região produtora do país.
Em 2022, após anos de espera e várias reuniões, uma nova previsão para a licitação do porto seco foi estimada: o segundo semestre do ano passado. Uma comissão chegou a ser formada para tratar do processo e de um novo levantamento de viabilidade, com dados mais atuais, para que a Receita Federal abrisse a licitação, o que não aconteceu.
A área que receberia o projeto tem seis hectares (60 mil metros quadrados) e fica à beira da BR-262, rodovia que interliga os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas, José Aparecido de Moraes, a parte que competia ao município, foi feita.
“Foram feitos todos os contatos necessários, a prefeitura tomou a providência no que diz respeito a melhor área indicada para a instalação do porto seco, fizemos contato com o proprietário dessa área e ele se dispôs a fazer a doação. Também fizemos reuniões com o estado, ou seja, o município e o estado estão bem encaminhados, mas por se tratar de uma obra federal, a licitação tem que partir pela União, no caso, pela Receita Federal”, explicou Moraes.
Ainda de acordo com o secretário, há previsão de que algumas reuniões sobre o assunto aconteçam nos próximos dias, na cidade de Campo Grande, capital do estado. “Aí saberemos o que vai acontecer”, disse.
O terreno disponível para receber a Estação Aduaneira do Interior fica na Fazenda Rodeio, em Três Lagoas. O proprietário, segundo o secretário, afirmou que doará a área para a implantação do projeto e, inclusive, já assinou os documentos com o município e o estado.
Porém, a doação ainda foi concretizada porque o dono do terreno precisa “ter certeza” de que o projeto sairá do papel.
O secretário explicou que, no ano passado, “um grande grupo chinês” se mostrou interessado em construir o porto seco no local, via parceria com a União, estado e município, e administrar a operação aduaneira por um período.
Moraes ressaltou que o porto seco poderia atender a demanda das indústrias de Três Lagoas, já que elas encaminham os seus produtos para o Porto de Santos devido à falta do empreendimento.
A Prefeitura informou que o estudo de Viabilidade Técnico- Econômica mostrou que o local indicado é propício para a instalação do projeto, por ter acesso a BR-262 e interligação com a BR-158.
“Portanto, o local seria estratégico para empresas instaladas no Distrito Industrial, que ficam próximo a saída para o Estado de São Paulo, na BR- 262, bem como para Suzano e UFN 3, na BR-158, sentido Brasilândia”.