O objetivo é que em 10 anos mais de 50% das emissões de GEE de escopos 1 e 2 provenientes das operações deixem de ser emitidas frente ao ano base de 2021Crédito: Divulgação
Região Sudeste
Porto Sudeste quer reduzir 50,4% das emissões de gases de efeito estufa
Cronograma do terminal de uso privado que opera em Itaguaí prevê meta alcançada até 2033
O Terminal de Uso Privado (TUP) Porto Sudeste, que opera em Itaguaí (RJ), quer reduzir suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 50,4% até 2033. A empresa anunciou suas metas em comunicado enviado à imprensa, no último dia 20.
O objetivo é que em 10 anos mais de 50% das emissões de GEE de escopos 1 e 2 provenientes das operações deixem de ser emitidas frente ao ano base de 2021.
Para a empresa, a medida se dá em um momento em que o mundo se debruça para encontrar soluções para conter o aquecimento global e se adaptar à nova realidade climática, que traz eventos extremos imprevisíveis.
No primeiro semestre deste ano, a companhia já havia apresentado um Estudo de Riscos Climáticos conduzido pela Way Carbon – iniciativa dentro do setor portuário.
“Realizar o Estudo de Risco Climático e anunciar nossa meta de redução de emissão de GEE é um grande avanço para o setor. Nós entendemos que a estratégia ESG é o centro do plano de negócios do nosso terminal, que já considera tanto os riscos climáticos como os operacionais”, explicou Ulisses Oliveira, diretor de assuntos corporativos e sustentabilidade do Porto Sudeste.
Para alcançar as metas, a empresa está avançando no mapeamento e inclusão dos escopos 1 e 2 produzidos em suas operações e trabalhando em projetos que incluem a substituição do uso da gasolina por etanol, a utilização de energia certificada e provenientes de fontes limpas, a troca das condensadoras dos aparelhos de ar-condicionado para reduzir vazamento de gases refrigerantes, a utilização de energia fotovoltaica e automatizando equipamentos.
O Porto Sudeste também contratou a ferramenta Rightship, que mensura as emissões de GEE do escopo 3, visando já iniciar o rastreio deste tipo de gás nas operações com os navios.
“A redução de emissões no escopo 3 é um desafio imenso para a maioria das indústrias e, para nós, não é diferente. Usar a tecnologia da Rightship (Maritime Emission Portal – MEP) para calcular as emissões dos navios que atracam no Porto (escopo 3) traz um diferencial, pois permitirá gerenciar e identificar oportunidades de redução do impacto ambiental da nossa cadeia de valor”, detalhou Ulisses.
O Porto Sudeste mensura as emissões de GEE desde 2015 para controles internos, e para nortear os investimentos em tecnologia e otimização de processos que reduzam as emissões.
Em 2023, o Porto Sudeste divulgou, por meio do Registro Público de Emissões, o inventário completo de Gases de Efeito Estufa, recebendo o Selo Prata do Programa Brasileiro GHG Protocol.
Entre as boas práticas já implementadas no terminal estão a utilização de equipamentos 100% elétricos, eliminando a necessidade de utilizar combustíveis fósseis, e a reutilização de 90% da água proveniente da captação da chuva e de tratamento de efluentes em processos industriais, além da reciclagem de todos os resíduos gerados na planta.
O Porto Sudeste movimenta granéis sólidos, especialmente minério.