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Marcelo Werner Salles (1º à direita) falou dos projetos para os portos catarinenses durante um painel que discutiu o acesso aquaviário aos portos da região SulCrédito: Divulgação/Brasil Export

Sul Export

Portos da região Sul se preparam para receber navios maiores

Atualizado em: 19 de julho de 2023 às 9:54
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Uma das obras está sendo feita no berço 3 do Porto de Imbituba

Os portos da região Sul do Brasil estão se preparando para receber navios maiores e atender à tendência logística que se apresenta no mercado mundial. Alguns projetos que estão em andamento foram citados por Marcelo Werner Salles, presidente do Conselho de Administração da SCPar, que administra os portos de São Francisco, Imbituba e Laguna, todos em Santa Catarina.

Ele falou sobre o assunto durante um painel que discutiu o acesso aquaviário aos portos da região Sul, no Fórum Sul Export, promovido pelo Grupo Brasil Export, em Curitiba, no último dia 11.

Além dele, participaram Luiz Fernando Garcia, presidente da Portos do Paraná; Ricardo Delfim, diretor comercial da Jan De Nul; e Thilo Martin Zindel, superintendente de projetos aquaviários da Infra SA. A moderação foi feita pelo jornalista Leopoldo Figueiredo, diretor de Redação do BE News.

Segundo Salles, a principal obra no Porto de Imbituba é o projeto de recuperação, reforço e ampliação do berço 3, que visa permitir o recebimento de navios capesize, as maiores embarcações de carga da atualidade, com 270 metros de comprimento.

“O canteiro de obra já está instalado para fazer o reforço do berço e, na sequência, o aprofundamento. Hoje, a profundidade é de 10,30 m, e no final da obra, será de 15 metros, permitindo um calado de 14 metros”, detalhou.

Ele disse que a profundidade da bacia de evolução e do canal externo do porto já permitem a operação com navios maiores. Por isso, é preciso adequar a profundidade do berço 3.

“Nós temos 17 metros no canal externo e 15 metros na bacia. Com o berço devidamente adequado, receberá muito bem navios capesize”, pontuou.

Salles citou ainda que a medida tem a ver com as adequações exigidas em todo o mundo para descarbonizar o setor portuário.

“No caso do granel, mudando o tipo de navio panamax para o capesize, que passa de 60 mil toneladas para 120 mil toneladas, já reduz em 32% a emissão de gases na atmosfera”, explicou.

Salles citou também os planos para a Baía Babitonga, canal marítimo que dá acesso ao Porto de São Francisco do Sul, ao Terminal de Uso Privado (TUP) Itapoá e a outros empreendimentos.

“O projeto está pronto, já tem licença prévia e aguarda para os próximos dias a licença de instalação. É um investimento na ordem de R$ 300 milhões. Já foi feito um pedido junto ao Governo Federal para inclusão dessa obra no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas estamos procurando também outras alternativas para a implantação”, explicou.

Com a obra, a profundidade passará dos atuais 14 metros para 16 metros, o que permitirá a navegação de embarcações com até 366 metros de comprimento. Atualmente, a baía recebe navios com até 310 metros.

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