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Segundo Felipe Queiroz, a Transnordestina, ainda sem data para ser entregue, traria grande eficiência para o Nordeste. Crédito: Saulo Cruz/Brasil Export

Brasil Export

Portos do Nordeste devem ganhar novos acessos ferroviários

28 de outubro de 2022 às 10:24
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Projetos foram apresentados por palestrantes do painel dedicado à região no Brasil Export

Os portos localizados na região Nordeste do Brasil estão nos planos do Governo Federal para ganharem novos acessos ferroviários. Os projetos foram apresentados por Felipe Queiroz, secretário nacional de Transportes Terrestres, e Ismael Trinks, superintendente de Transporte Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), durante o painel “Acessos ferroviários aos portos: uma demanda crescente”, dedicado à região e exposto no Fórum Brasil Export – Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária, realizado em Brasília durante os dias 19 e 20 deste mês. 

Um dos principais projetos é o da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que ligará o Porto de Ilhéus, na Bahia, às cidades baianas de Caetité e Barreiras, e a Figueirópolis, no Tocantins, movimentando, inicialmente, minério de ferro. O destaque foi feito por Queiroz.  

Para o futuro, existe a expectativa de que a Fiol seja interligada com a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), o que criaria um novo corredor de escoamento de grãos, do Mato Grosso até a Bahia. Mas para isso, será necessário um novo traçado, atualmente apenas em perspectiva. 

Queiroz falou também sobre as projeções positivas esperadas com a Estrada de Ferro Sertão, que dará acesso ao Porto de Suape (PE) e é vista como uma solução à conclusão da Transnordestina. A obra será viabilizada por investimento privado feito por uma mineradora que anunciou recentemente sua operação via complexo pernambucano. O minério explorado pela companhia virá por trem de Curral Novo (PI) até o porto. 

A importância da conclusão da Transnordestina também foi citada. O secretário nacional de Transportes Terrestres falou sobre o impacto positivo da esperada entrega, ainda sem data, dos 1.753 km de ferrovias que ligarão Pernambuco, Ceará e Piauí.

“A ferrovia traria enorme eficiência no Nordeste, uma região muito carente de infraestrutura”, frisou. 

Já Ismael Trinks citou a necessidade de construir um acesso ferroviário no Porto de Aratu, na Bahia, pois o complexo não tem ainda nenhuma linha férrea, contando apenas com acesso rodoviário. Segundo ele, o Governo Federal pretende atrair investimento privado para construir uma alça ferroviária de 2,5 km no porto. 

O painel teve também a presença de Aluísio Sobreira, presidente do Conselho do Nordeste Export.

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