Vista aérea do Porto de Rio Grande
Região Sul
Portos do Rio Grande do Sul têm novo modelo de gestão
Governo do Estado cria empresa pública para garantir gestão mais dinâmica aos complexos de Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas
A partir de hoje, os portos do Rio Grande do Sul deixam de ser administrados por uma autarquia estadual, a Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), e passam a ser coordenados por uma empresa pública controlada pelo estado, a Portos RS – Autoridade Portuária dos Portos do Rio Grande do Sul. A mudança, segundo o Governo do Estado, visa garantir maiores dinamismo e profissionalismo na gestão dos complexos marítimos gaúchos.
Nesta segunda-feira, haverá a posse da diretoria da Portos RS, que será presidida pelo administrador e professor universitário Cristiano Klinger (até então, era o diretor de Gestão, administrativo e financeiro da Suprg). Também integram a diretoria o consultor João Alberto Gonçalves Júnior (diretor de Gestão, Administrativa e Financeira), Natan Colombi Martins (Operações), o engenheiro Lucas Meurer Cardoso (Infraestrutura) e Henrique Horn Ilha (Meio Ambiente; era o diretor de Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança da Suprg). Entre os dirigentes da Portos RS, apenas Klinger e Ilha integravam o comando da Superintendência do Porto do Rio Grande.
O processo de criação da empresa pública foi concluído na semana passada, quando a Junta Comercial do Rio Grande do Sul liberou o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da companhia. Com isso, foi possível transferir a administração dos portos de Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas da Suprg para a Portos RS.
Com esses três complexos, a nova empresa coordenará a movimentação de cerca de 50 milhões de toneladas de cargas por ano, além de supervisionar uma infraestrutura que permite a vinda dos maiores navios que percorrem a costa brasileira – cargueiros com um calado (profundidade atingida pela parte submersa da embarcação) máximo de 15 metros. A companhia, que não será dependente financeiramente do Estado, ainda cuidará das hidrovias e das vias lacustres navegáveis do estado, que somam 754 quilômetros de extensão.
Em nota divulgada na tarde de ontem, o Governo do Rio Grande do Sul confirmou o início oficial das atividades da Portos RS hoje e destacou que essa alteração da natureza jurídica “trará mais dinamismo e possibilitará a realização de investimentos na infraestrutura do sistema portuário, assegurando ainda mais competitividade aos portos gaúchos”.
Organização
O Governo do Estado é o único acionista da Portos RS. E, portanto, é ele quem elege os integrantes do conselho de administração da nova empresa – colegiado que indicará os membros da diretoria.
Haverá nove conselheiros. Cinco deles são escolhidos pelo Estado: o auditor fiscal Bruno Jatene, o engenheiro Thierry José da Silva Rios, o próprio Cristiano Klinger (que irá presidir a companhia), a advogada Jacqueline Wendpap e o engenheiro Eduardo Teixeira Neto. Ainda há um representante da União, o secretário nacional de Portos, Diogo Piloni, um representante dos trabalhadores (não divulgado) e um dos empresários, o economista José Fernando Marchiori, além de um membro escolhido pelas prefeituras das cidades portuárias, o administrador Leonardo Vanzin. A posse dos conselheiros ainda não foi agendada.00