Porto de São Sebastião: o cais segue sob responsabilidade da Companhia Docas de São Sebastião, autarquia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e LogísticaCrédito: Divulgação/APS
Nacional
Portos públicos de SP e da BA são retirados do plano de desestatização
Resolução que havia incluído a gestão dos complexos no PND foi oficialmente revogada
A gestão dos portos públicos de Santos e São Sebastião, ambos em São Paulo, e de Aratu-Candeias e Ilhéus, na Bahia, foi oficialmente retirada do Programa Nacional de Desestatização (PND).
Publicada no Diário Oficial da União de terça-feira, dia 5, a Resolução CPP1 n° 291, de 22 de novembro, revogou a Resolução 246, de 2022, que incluía as Autoridades Portuárias desses complexos no plano.
A retirada dessas empresas públicas já havia sido anunciada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, no dia 27 de outubro durante visita ao Porto de Santos.
Com essa decisão, portanto, mantêm-se públicas as companhias que administram os complexos. A Autoridade Portuária de Santos (APS), em Santos; a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) nos portos de Aratu-Candeias e Ilhéus; e por fim, o cais de São Sebastião, sob responsabilidade da Companhia Docas de São Sebastião, autarquia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
No Porto de Santos ainda é possível a concessão parcial dos acessos ao cais, seja pelo modal rodoviário e aquaviário, e dos serviços, como é o caso do túnel imerso Santos-Guarujá, ligando as duas margens do porto, além de outros projetos previstos.
“A retirada do programa de privatização e a delegação de competência atribuída ao Porto de Santos nos impõem o dever e o desafio de demonstrarmos que uma empresa pública pode ser eficiente”, afirmou o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini.
O Terminal SSB01, no Porto de São Sebastião, está qualificado, segundo a mesma resolução, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Ministério de Portos e Aeroportos continuarão com a competência de coordenar e monitorar as medidas de concessão parcial dos serviços portuários.