O primeiro-ministro António Costa deixou claro que ainda não é uma proposta definitiva e está aberto à discussão (Divulgação)
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Portugal apresenta plano ferroviário para implantação até 2050
Sines e fronteira serão ligadas por corredor-piloto para comboios de 1.500 metros
O Plano Nacional Ferroviário (PNE), que contempla diversos projetos para transporte expresso de passageiros e linhas destinadas a cargas, foi apresentado em Lisboa (Portugal), nesta quinta-feira (17).
O primeiro-ministro António Costa deixou claro que ainda não é uma proposta definitiva e está aberto à discussão. E o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que é necessário “tirar as pessoas dos carros” e aumentar a capacidade de transporte de passageiros e cargas.
O plano prevê, na área do transporte de mercadorias, a criação de novos corredores, em especial um corredor-piloto para composições de maior comprimento (1.500 metros) entre Sines e a fronteira.
De acordo com o documento, que tem como horizonte indicativo o ano de 2050, estão ainda previstos novos corredores internacionais pelo Algarve e por Trás-os-Montes.
Segundo o plano, o objetivo nesta área passa por “manter no horizonte a possibilidade de ligação à Espanha e resto da Europa em bitola europeia, mas preservando sempre a continuidade das redes, a estudar num plano para a bitola”.
Na área do transporte de mercadorias, estão atualmente em curso projetos de acesso aos portos e corredores internacionais, como a construção da nova linha Évora-Elvas, que encurta o trajeto dos portos de Sines, Setúbal e Lisboa até a fronteira do Caia, o acesso de trens de 750 metros em todas as fronteiras ferroviárias, e a duplicação da capacidade de transporte por ferrovia através das fronteiras.
Para o aumento de capacidade e uniformização da rede principal está prevista a libertação de capacidade com a segregação de tráfegos no corredor Norte-Sul com linha de alta velocidade Porto-Lisboa, assim como uma rede principal apta para comboios de 750 metros, a eletrificação da totalidade da rede e a nova linha Sines-Grândola, que elimina constrangimentos ao peso dos comboios e cria redundância.
Em termos de redundâncias, o plano se refere ainda à nova travessia do Tejo no eixo Chelas-Barreiro, que elimina restrições ao tráfego de mercadorias na região de Lisboa, mas também a reabertura da linha do Alentejo entre Beja e Funcheira, que cria um corredor alternativo de acesso à Sines, e corredores alternativos em todos os principais eixos preparados para composições de, pelo menos, 600 metros.