O Hera terá de 50 a 100 lugares, vai operar na mobilidade aérea regional e de curto alcance, fazendo viagens com distâncias inferiores a 500 quilômetro (Crédito: Divulgação)
Portugal
Portugal trabalha em projeto de avião híbrido-elétrico
Chamado Hera, equipamento deve realizar viagens regionais, com operação para 2030
Buscando um futuro mais “verde” para a aviação, a União Europeia está preparando um novo tipo de avião: o Hera (Hybrid-Electric Regional Architecture). E Portugal está representado no projeto pelo centro tecnológico ISQ e pelas empresas Inegi e Almadesign.
Com propulsão híbrido-elétrica, a futura aeronave Hera terá de 50 a 100 lugares, vai operar na mobilidade aérea regional e de curto alcance, fazendo viagens com distâncias inferiores a 500 quilômetros. O avião deve começar a operar em meados de 2030.
O objetivo do projeto é definir o conceito e a arquitetura-chave de uma aeronave híbrido-elétrica, assim como identificar e desenvolver as tecnologias necessárias para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 50%.
A iniciativa é coordenada pela empresa Leonardo e conta ainda com as companhias Airbus, DLR, Fraunhoffer, Honeywell, Onera, Rolls-Royce, Siemens, Safran, Thales, num total de 48 parceiros, que também inclui instituições acadêmicas.
O projeto tem duração prevista de 48 meses, em um investimento de 35 milhões de euros. Ele faz parte do Programa Clean Aviation, da Comissão Europeia, que pretende promover novos paradigmas em busca da neutralidade carbônica até 2050.
Entre as principais causas do programa está o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e disruptivas que permitam uma aviação sustentável, contribuindo para um setor mais amigo do meio ambiente e da sociedade em geral.
O projeto
A propulsão híbrido-elétrica da aeronave será baseada em baterias ou células de combustível, como fontes de energia suportadas por SAF (Sustainable Aviation Fuel), ou combustão de hidrogênio para a fonte térmica, o que permite menor emissão de gases de efeito estufa.
Entre as tecnologias e configurações inovadoras que estão sendo desenvolvidas, destacam-se o novo design da asa e da fuselagem, a nova propulsão híbrido-elétrica e as baixas emissões.
Porém, para que a aeronave Hera possa operar, será necessária a interação com novas infraestruturas aeroportuárias baseadas em novas fontes de energia renováveis, que serão desenvolvidas também pelo projeto.
O ISQ português vai participar do desenvolvimento, simulação e teste de compatibilidade eletromagnética da instalação elétrica da aeronave.
Também será o responsável na vertente de armazenamento e distribuição de hidrogênio, tanto na aeronave como na infraestrutura aeroportuária, bem como a definição/conversão do layout do aeroporto, de modo a permitir uma operação segura e eficiente da aeronave regional híbrido-elétrica.