Segundo o presidente da Praticagem do Brasil, prático Ricardo Falcão, o livro servirá de apoio a revisões de projetos já existentes e também para futuras obras de modernização portuária (crédito: Divulgação/Porto de Itajaí)
Portos
Praticagem do Brasil lança livro sobre planejamento portuário
Objetivo é estabelecer critérios e diretrizes para projetos de obras e reformas de instalações nos complexos marítimos
A Praticagem do Brasil lançou o livro “Planejamento Portuário – Recomendações para Acessos Náuticos” ontem, em evento que reuniu autoridades e empresários do setor na sede do Instituto Praticagem do Brasil, em Brasília. A obra traz orientações e recomendações para o desenvolvimento de projetos portuários e a realização de obras nessas instalações, além de destacar diretrizes para o planejamento dos acessos aquaviários – conteúdo inédito na bibliografia recente do setor.
O livro foi elaborado pela comissão responsável pela segunda edição da norma da ABNT sobre planejamento portuário. Também teve como base documentos da Associação Mundial para a Infraestrutura do Transporte Aquaviário (tradução de livre de World Association for Waterborne Transport Infrastructure, o nome moderno da Pianc), o manual do Corpo de Engenheiros do Exército Americano e recomendações de obras marítimas da Espanha.
De acordo com o presidente da Praticagem do Brasil, prático Ricardo Falcão, o livro tem como objetivo acabar com a falta de diretrizes para formulação de projetos de engenharia portuária no País. “Diante da falta de uma diretriz nacional sobre o assunto, este livro representa uma enorme contribuição para a competitividade do país. Isso porque serve de norte para os que vão formular os projetos básicos de engenharia. E são justamente as premissas nessa fase que determinam a segurança e eficiência de um empreendimento”, disse.
Além disso, segundo Falcão, o livro servirá de apoio a revisões de projetos já existentes e também para futuras obras de modernização portuária. “Mas não se trata apenas de termos um guia para os novos projetos, mas também para revisar parâmetros operacionais de segurança e modernizar instalações existentes. A pressão mundial pela entrada de navios mais modernos e cada vez maiores é crescente e não podemos deixar nossa economia para trás”, falou.
Já um dos autores do livro, o diretor executivo da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), Luís Fernando Resano, destacou a importância do planejamento nos projetos portuários. “Precisamos de portos no padrão e não fazer uma simulação depois para saber se dá para entrar com um navio maior. Um porto começa pelo tipo de navio que vai entrar e não o contrário. Precisamos amadurecer”, comentou.
A coordenação do livro é dos professores Edson Mesquita dos Santos, Sergio H. Sphaier, do consultor naval Mario Calixto e do prático Marcelo Cajaty. A edição coube à Praticagem do Brasil.