A sinuosidade e a variação de nível dos rios da bacia hidrográfica Amazônica é um dos grandes desafios para os práticos que atuam na região
Região Norte
PROA chega aos 30 anos priorizando investimentos em tecnologia
Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia foca em soluções para levantamentos batimétricos e deslocamento de práticos
Investimentos em tecnologia para aumentar a precisão das sondagens batimétricas e das cartas de navegação e em infraestrutura para aperfeiçoar a sofisticação logística dos práticos da região são as prioridades da atual gestão da PROA – Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia. Fundada em 10 de janeiro de 1993, a entidade completa 30 anos priorizando o desenvolvimento de treinamentos, equipamentos e aprimoramento das observações sobre a natureza amazônica, com o objetivo de reduzir os riscos relativos à navegação em um ambiente muito peculiar.
A bacia hidrográfica Amazônica é a maior do mundo, drenando aproximadamente 25% do território da América do Sul e escoando cerca de 20% de toda água doce do planeta. Os desafios para a prestação de serviços de praticagem são grandes e muito característicos, com destaque para a sinuosidade e para a variação de nível dos rios da região. Nesse sentido, o presidente da PROA, João Gilberto Pires Coelho, avalia ser imprescindível renovar e diversificar os investimentos, citando em particular a adoção de “tecnologia de ponta para levantamentos batimétricos no estado da arte em edição de cartas de navegação”.
Ele explica que a PROA mantém seu sistema de prontidão durante 24 horas do dia, todos os dias do ano, incluindo sistemas de comunicação via SSB e via satélite para monitoramento das embarcações que navegam ao longo de rios como o Solimões. O deslocamento dos práticos na região Amazônica é notadamente complexo, envolvendo transportes por vias marítimas, terrestres e aéreas, com planejamentos efetuados por meio de suas atalaias (estações de praticagem).
No aniversário da entidade, João Gilberto destaca que nos próximos meses serão inauguradas a lancha Orawana e o flutuante Camalote, aperfeiçoando o fluxo de pessoas e informações, fatores essenciais para os serviços de praticagem. As homologações dos equipamentos são supervisionadas pela Praticagem do Brasil e o serviço oferecido atende às normas da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental.
A PROA mantém duas sedes no estado do Amazonas. Uma delas em Itacoatiara, localizada a 102 milhas náuticas da capital navegando-se pelo Rio Amazonas, e outra na própria Manaus, por meio da qual atende a manobras de atracação de instalações da Super Terminais, da ATEM e do Porto Chibatão.