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A sinuosidade e a variação de nível dos rios da bacia hidrográfica Amazônica é um dos grandes desafios para os práticos que atuam na região

Região Norte

PROA chega aos 30 anos priorizando investimentos em tecnologia

10 de janeiro de 2023 às 8:46
Bruno Merlin Enviar e-mail para o Autor

Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia foca em soluções para levantamentos batimétricos e deslocamento de práticos

Investimentos em tecnologia para aumentar a precisão das sondagens batimétricas e das cartas de navegação e em infraestrutura para aperfeiçoar a sofisticação logística dos práticos da região são as prioridades da atual gestão da PROA – Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia. Fundada em 10 de janeiro de 1993, a entidade completa 30 anos priorizando o desenvolvimento de treinamentos, equipamentos e aprimoramento das observações sobre a natureza amazônica, com o objetivo de reduzir os riscos relativos à navegação em um ambiente muito peculiar.

 

A bacia hidrográfica Amazônica é a maior do mundo, drenando aproximadamente 25% do território da América do Sul e escoando cerca de 20% de toda água doce do planeta. Os desafios para a prestação de serviços de praticagem são grandes e muito característicos, com destaque para a sinuosidade e para a variação de nível dos rios da região. Nesse sentido, o presidente da PROA, João Gilberto Pires Coelho, avalia ser imprescindível renovar e diversificar os investimentos, citando em particular a adoção de “tecnologia de ponta para levantamentos batimétricos no estado da arte em edição de cartas de navegação”.

 

Ele explica que a PROA mantém seu sistema de prontidão durante 24 horas do dia, todos os dias do ano, incluindo sistemas de comunicação via SSB e via satélite para monitoramento das embarcações que navegam ao longo de rios como o Solimões. O deslocamento dos práticos na região Amazônica é notadamente complexo, envolvendo transportes por vias marítimas, terrestres e aéreas, com planejamentos efetuados por meio de suas atalaias (estações de praticagem).

 

No aniversário da entidade, João Gilberto destaca que nos próximos meses serão inauguradas a lancha Orawana e o flutuante Camalote, aperfeiçoando o fluxo de pessoas e informações, fatores essenciais para os serviços de praticagem. As homologações dos equipamentos são supervisionadas pela Praticagem do Brasil e o serviço oferecido atende às normas da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental.

 

A PROA mantém duas sedes no estado do Amazonas. Uma delas em Itacoatiara, localizada a 102 milhas náuticas da capital navegando-se pelo Rio Amazonas, e outra na própria Manaus, por meio da qual atende a manobras de atracação de instalações da Super Terminais, da ATEM e do Porto Chibatão.

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