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Região Norte

Santarém terá transbordo entre navios e barcaças a partir deste semestre

15 de abril de 2022 às 8:00
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Segundo o diretor-presidente da Companhia Docas do Pará, Eduardo Bezerra, a operação será realizada na área de fundeio e, como consequência, permitirá o atendimento de navios maiores

O Porto de Santarém (PA) deverá implementar, ainda neste semestre, operações de transbordo entre embarcações – de barcaças para navios e vice-versa – em sua área de fundeio. Devido às maiores profundidades dessa região, a medida permitirá o atendimento de navios maiores. Além disso, para 2022, a Companhia Docas do Pará (CDP) estima movimentar 12 milhões de toneladas de granéis sólidos, um volume acima de 2021, quando operou 10,2 milhões de toneladas.

“O ano de 2022 promete! Além da retomada de patamares elevados na movimentação de carga, atribuídos à safra, estamos autorizando e deve ser implementada ainda no primeiro semestre, a operação de transbordo entre embarcações (transhipment) na área de fundeio do Porto de Santarém. Tal ação, além de acrescentar uma infraestrutura de acostagem, permitirá a operação de embarcações maiores”, revelou o diretor-presidente da Companhia Docas do Pará (CDP), Eduardo Bezerra.

Uma das principais rotas de escoamento de granéis do Arco Norte, o Porto de Santarém, no Estado do Pará, registra crescimento na movimentação de cargas do agronegócio desde 2017, especialmente soja, milho e fertilizantes.

Em 2020, incluindo a arrendatária Cargill (granel vegetal e mineral), houve um recorde de movimentação de 14,4 milhões de toneladas, que não foi superado em 2021 (10,2 milhões de toneladas), em virtude do atraso no plantio da soja e quebra da safra de milho.

No entanto, esperando uma safra de milho 40% do que a do ano passado, a CDP já estima movimentar 12 milhões de toneladas de granéis em 2022. “Para atender a esse mercado, a Companhia Docas do Pará (CDP) está trabalhando na oferta de meios alternativos de infraestrutura para garantir a movimentação dos granéis sólidos de exportação (soja e milho) e de importação (fertilizantes). Brevemente, serão ofertadas áreas destinadas a operações barge to ship e ship to barge, além da conclusão de estudos voltados à atualização do PDZ dos portos da CDP, para viabilizar a oferta de áreas para arrendamento”, informou a Autoridade Portuária.

“Além da retomada de patamares elevados na movimentação de carga, atribuídos à safra, estamos autorizando e deve ser implementada ainda no primeiro semestre, a operação de transbordo entre embarcações (transhipment) na área de fundeio do Porto de Santarém”, revelou o diretor-presidente da CDP, Eduardo Bezerra (Divulgação/CDP)

FERROGRÃO

A Companhia Docas também tem “grande expectativa” sobre a licitação da Ferrogrão, ferrovia que deverá agregar maior volume de cargas para as unidades de Santarém e Itaituba, integrando os modais aquaviário, rodoviário e ferroviário.

O projeto da Ferrogrão (EF-170) constitui um corredor ferroviário de exportação pela Bacia Amazônica, na região norte do País. A ferrovia contará com uma extensão de 933 km, conectando a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Porto de Miritituba na margem direita do rio Tapajós, em Itaituba, no estado do Pará.

BR-163

Quanto ao modal rodoviário, a CDP estima que a recente concessão da BR-163, pelo Ministério da Infraestrutura (MINFRA), deverá manter boas condições de trafegabilidade no eixo Sinop (MT) a Miritituba (PA).

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