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Seca no Rio Paraguai preocupa usuários da hidrovia e especialistas

Atualizado em: 14 de fevereiro de 2024 às 12:02
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A seca prolongada do Rio Paraguai, especialmente na região do Mato Grosso do Sul, está preocupando usuários do transporte fluvial e especialistas. Desde novembro do ano passado, o rio está com os embarques suspensos. No início deste mês, o nível em Ladário (MS) chegou a 66 centímetros, 1,36 metro a menos do que a medida tradicionalmente atingida nesse período. A menor marca foi registrada em 26 de novembro de 2023, quando alcançou 39 centímetros. 

Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal Carlos Padovani, a situação do nível do Rio Paraguai, descrita como “muito ruim”, se deve a dois fatores principais. O primeiro é o baixo nível depois da descida das águas – a subida significativa de seu nível costuma começar na segunda quinzena de dezembro, o que não ocorreu em 2023. E o segundo é que o rio enfrenta anos de estiagem.

Meteorologistas já esperavam que, com a escassez de chuvas no norte do Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso em outubro e novembro do ano passado, a recuperação do nível do Rio Paraguai ocorresse a partir do mês passado, mesmo que lentamente. A diminuição nos índices pluviométricos é atribuída ao fenômeno El Niño, que deve ter seus efeitos percebidos até abril.

A navegação no Rio Paraguai pode ser realizada, mesmo que com restrições de calado para as embarcações, quando o nível passa de um metro. A capacidade máxima passa a ser utilizada quando a profundidade passa de 1,5 metro. No ano passado, a maior medida atingida na régua de Ladário foi 4,24 metros, em julho, quando planícies do Pantanal chegaram a ficar alagadas – o que não ocorria desde 2018, quando a marca chegou a 5,35 metros.

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