sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Dolar Com.
Euro Com.
Libra Com.
Yuan Com.

O ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho disse que o Governo considera a economia de baixo carbono como uma estratégia de desenvolvimento prioritária para o país / Crédito: Vosmar Rosa/MPor

Nacional

Secretaria de Hidrovias projeta investimento inicial de R$ 2 bilhões para empreendimentos

Atualizado em: 15 de dezembro de 2023 às 9:40
BE News Enviar e-mail para o Autor

Hidrovias Brasil-Uruguai, Tocantins e Amazonas estão entre as prioridades da nova pasta

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou as prioridades da nova Secretaria Nacional de Hidrovias, que será criada na primeira quinzena de janeiro. Entre os principais empreendimentos, estão as hidrovias Brasil-Uruguai, do Tocantins e do Amazonas, esta última já alocando recursos do Fundo da Marinha Mercante. Projetou-se um investimento inicial de R$ 2 bilhões para esses empreendimentos. A declaração foi feita durante o evento “Infraestrutura: Caminhos para transição sustentável”, promovido pela MoveInfra na última quinta-feira (14), em Brasília.

O ministro dos Portos e Aeroportos também enfatizou que o Governo Federal considera a economia de baixo carbono como uma estratégia de desenvolvimento prioritária para o país. Com o intuito de impulsionar a transição energética nos portos brasileiros, a pasta já deu início a uma série de medidas e estudos destinados a preparar as infraestruturas portuárias e aeroportuárias. O objetivo é ampliar o uso de energia renovável e realizar uma avaliação das iniciativas de descarbonização.

“O Ministério está focando na agenda de sustentabilidade; criamos uma subsecretaria especial que debaterá de maneira permanente essa agenda mundial, abrangendo desde o SAF, que é o combustível da aviação, até novos combustíveis, além de investimentos em descarbonização, navios verdes e dragagem”, disse Silvio Costa Filho.

Além de contar com a participação do ministro, o evento do MoveInfra promoveu debates com autoridades e especialistas do setor de infraestrutura. No primeiro painel do dia, intitulado “Social e Desenvolvimento: Como Preparar a Força de Trabalho para o Futuro da Infraestrutura”, João Alberto Abreu, CEO da Rumo, ressaltou a baixa qualificação dos trabalhadores como um obstáculo significativo para o crescimento econômico. “Uma das saídas é a capacitação das pessoas atendidas por programas de transferência de renda, de modo a inseri-las no mercado de trabalho”.

Antônio Carlos Sepúlveda, CEO da Santos Brasil, observou que o setor portuário evoluiu consideravelmente na última década, exigindo uma adaptação robusta da força de trabalho devido à digitalização e automação de operações.

No painel “Desenvolvimento Sustentável e Transição Energética”, os palestrantes discutiram a relação entre crescimento econômico e transição energética. Fábio Schettino, CEO da Hidrovias do Brasil, anunciou o compromisso da empresa em ser carbono neutro até 2030, com a implementação de ações significativas para mitigar as emissões de gases de efeito estufa. “A construção de nossos empurradores híbridos de manobra, em plena operação, deixará de emitir 2.168 toneladas de CO2 equivalente por ano”.

O painel “Financiamento e Infraestrutura” abordou a garantia de recursos para investimentos, considerando um cenário de taxas de juros ainda elevadas. Marcello Guidotti, CEO da EcoRodovias, enfatizou que investir em projetos de infraestrutura, como concessões rodoviárias, é uma decisão de longo prazo. “Naturalmente, a taxa de juros no momento da tomada de decisão é uma informação fundamental a ser levada em consideração”.

O evento encerrou com o MoveInfra reunindo Adailton Cardoso Dias, Nicola Khoury e Rafael Vitale no “Papo de Infra: O Pós-Venda” dos leilões, discutindo o processo de execução dos contratos de concessão após a conclusão do leilão.

Compartilhe:
TAGS Brasília hidrovia Ministério Secretaria Silvio Costa Filho