Empreendimento liderado pela holding OnCorp, o terminal de GNL deve começar a operar no final do primeiro semestre de 2025, com um investimento total de R$ 1,8 bilhão (Crédito: Divulgação)
Porto de Suape
Segunda fase de obras do Regás em Suape terá aporte de R$ 80 milhões
Nova etapa de obras começa neste mês. Terminal deve operar a partir do final do primeiro semestre de 2025
O Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (Regás) vai receber um investimento de R$ 80 milhões na segunda etapa da sua implantação no Porto de Suape (PE). A nova fase já começa em fevereiro e deve ser concluída entre 10 e 14 meses. Empreendimento liderado pela holding OnCorp, o terminal deve começar a operar no final do primeiro semestre de 2025, com um investimento total de R$ 1,8 bilhão.
O Regás irá importar o GNL dos Estados Unidos, América Central e África, em embarcações do tipo Floating Ship Regasification (FSRU), que transporta, armazena e realiza a regaseificação do produto. Dessa forma, o estado de Pernambuco não será mais dependente do gás natural que chega por gasodutos e possui uma oferta limitada.
A mudança transformará o terminal no primeiro com acesso a terceiros no país, usando a sua capacidade para atender demandas e dividir a infraestrutura. O compartilhamento da infraestrutura é uma estratégia para baratear os bens e serviços.
O terminal terá capacidade de regaseificar 12 milhões de metros cúbicos diariamente. Uma parte do gás que será regaseificado será destinada à Shell e a Termopernambuco, uma térmica do Grupo Neoenergia instalada no complexo de Suape.
A primeira e a segunda etapa recuperaram as estruturas do píer do Cais de Múltiplo Uso (CMU) do Porto de Suape, que será usado nas operações do Regás. Já foram investidos R$ 10 milhões nas obras, do total de R$ 300 milhões a serem empregados neste tipo de ativo.
Os financiamentos são realizados pela OnCorp em parceria com a Shell. Em março, uma comitiva da Shell irá se encontrar com representantes do governo do estado para discutir os investimentos e vistoriar as obras.
Regás
O terminal já fez um chamamento para quem deseja ter capacidade em seu espaço. A administração do Regás considera diversas possibilidades de negócios, incluindo de se tornar um fornecedor para a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás).
O empreendimento também pretende disputar futuras concorrências, como algumas chamadas que provavelmente serão abertas pela Copergás como o fornecimento de gás para cidades como Petrolina, Garanhuns, além da região do Araripe, onde ainda há uma grande quantidade de forno à lenha – parte dela totalmente irregular.