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“Pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso é “primeira leva”
Corte de gastos 1
O pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso representa apenas a “primeira leva” de medidas do ajuste fiscal do governo, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a revisão de despesas será permanente e as propostas enviadas nas últimas semanas, perto do fim do ano, são apenas aquelas destinadas a reduzir as incertezas em relação ao arcabouço fiscal.
Corte de gastos 2
“Apenas esse pacote não é o suficiente. Estamos chegando ao último dia do ano legislativo. Ou eu mandava agora para aprovar uma primeira leva de ajustes, ou deixava um pacote mais robusto para o próximo ano, o que geraria mais incerteza. Melhor submeter ao Congresso o que está pacificado entre os ministérios, o Legislativo, os deputados e senadores da base, do que esperar para ter uma coisa (economia de gastos) mais robusta, mais vistosa”, declarou o ministro.
Corte de gastos 3
Para Haddad, faz mais sentido enviar ao Congresso o que está amadurecido nos debates internos do que esperar um pacote mais amplo até março. Por causa das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado em fevereiro, somente em março o Congresso elegerá as comissões, o que faria o governo perder ainda mais tempo do que se não tivesse enviado as medidas no fim de novembro.
Corte de gastos 4
O ministro admitiu que defendeu mais medidas no pacote, mas que teve de fazer um trabalho de convencimento dentro do Governo. “Lutei por mais (medidas). Todo mundo sabe. O papel da Fazenda é esse, mas existe uma mediação que passa por outros ministérios e o Congresso”, justificou.
Sem interferência 1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou na última sexta-feira, dia 20, o diretor de Política Monetária e próximo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, em vídeo postado nas redes sociais. Na declaração, ao lado dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, e Rui Costa, da Casa Civil, o presidente garantiu que o Governo não interferirá na autarquia federal, que tem total autonomia de gestão desde 2021, incluindo mandato para diretores e presidente.
Sem interferência 2
“Eu quero que você saiba que jamais haverá da parte da Presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central”, afirmou Lula. Galípolo assume o BC a partir de 1º de janeiro e terá 4 anos de mandato à frente da instituição.