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A data para a audiência com o presidente da Petrobras ainda não foi marcada. O convite foi proposto pelo senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) (Foto: Tomas Silva/Agência Brasil)

Nacional

Senado convida Prates para explicar retenção de dividendos da Petrobras

Atualizado em: 13 de março de 2024 às 3:42
Marília Sena Enviar e-mail para o Autor

Ministro da Casa Civil chamou de “polêmica” os questionamentos sobre a estatal e disse que a Petrobras está cumprindo a lei

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou um convite para que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, possa esclarecer uma possível intervenção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na estatal. A data para a audiência ainda não foi marcada. O convite foi proposto pelo senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).
Na última quinta-feira, dia 7, a Petrobras informou que não pagaria dividendos extras. O Conselho de Distribuição da empresa propôs um pagamento de R$ 14,2 bilhões, sem pagamentos complementares aos acionistas. O valor de R$ 43,9 bilhões pode ser destinado para uma reserva estatutária.

O anúncio repercutiu negativamente no mercado e em Brasília. Na segunda-feira, dia 11, o presidente Lula se reuniu com o presidente Jean Paul Prates. Após a reunião, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a distribuição de dividendos é feita de forma “dinâmica” e que os acionistas da Petrobras têm consciência que o Governo é o controlador da estatal.

Em conversa com jornalistas, após a cerimônia de anúncio da criação de 100 institutos federais no país, no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que também esteve presente na reunião desta segunda-feira, afirmou que a decisão de dividendos da Petrobras cabe à empresa e que “as leis estão sendo cumpridas”.

“A Petrobras teve o segundo maior lucro da história. Pagou o segundo maior dividendo da história. Então é para todo mundo estar comemorando. (…) O mercado sempre fala de previsibilidade, segurança jurídica, obedecimento e cumprimento das regras pré-estabelecidas. Tudo isso foi feito”, disse o ministro.

“Movimento especulativo”

Desde sexta-feira, a companhia já perdeu R$ 63,7 bilhões em valor de mercado. O ministro, porém, apontou que houve “um movimento especulativo” para derrubar ações da Petrobras e afirmou não entender a “polêmica” envolvendo a petroleira.

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