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O evento, organizado pela Frenlogi, em conjunto com o Instituto Brasil Logística e contou com a presença da secretária-executiva do Ministério de Portos, Mariana Pescatori (Foto: Divulgação/Frenlogi)

Nacional

Setor de logística e infraestrutura debate soluções para hidrovias

11 de abril de 2024 às 8:30
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Autoridades e especialistas repercutiram a recente criação de uma secretaria voltada para o modal

Autoridades e representantes do setor logístico do país se reuniram na quarta-feira, dia 10, em Brasília (DF), para discutir a importância das hidrovias como um modal estratégico para a infraestrutura nacional. O evento, organizado pela Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), em conjunto com o Instituto Brasil Logística (IBL), debateu a criação da Secretaria Nacional de Hidrovias e Transportes Aquaviários.

Conforme noticiado pelo BE News, o Decreto Nº 11.979, publicado na edição de terça-feira (9) do Diário Oficial da União, aprovou a estrutura regimental e o remanejamento de funções para a criação do novo braço do Ministério de Portos e Aeroportos, além de converter cargos comissionados em funções de confiança da pasta.

O presidente da Frenlogi, senador Wellington Fagundes (PL-MT), comemorou o decreto e enfatizou a importância de adaptar as embarcações de maneira eficiente e sustentável, aproveitando os avanços tecnológicos atuais para melhorar o transporte. Segundo o parlamentar, a novidade tem potencial de reduzir custos e aumentar a lucratividade dos produtores por meio das hidrovias, modal com melhor custo-benefício econômico em relação aos demais.

O Brasil ainda é um país muito rodoviário, grande parte da nossa carga se dá através das rodovias, e isso tem um custo muito alto, além do desperdício e acidentes. Nós precisamos buscar alternativas”, afirmou Fagundes.

A secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, afirmou que uma das missões da pasta nos próximos quatro anos é fomentar o modal hidroviário. Pescatori destacou os investimentos públicos recentes no setor, mencionando que foram destinados $650 milhões em 2023, e para este ano, está previsto um aporte de R$700 milhões.

“A gente sabe o quanto é importante para o país não só em termos de movimentação de cargas, já que o modal é mais eficiente, mas também energeticamente. A gente está pensando em políticas de descarbonização do setor, por isso estamos discutindo com a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) as concessões hidroviárias e por que não falar em créditos de carbono? para que a gente possa tornar essas construções hidroviárias mais viáveis”, disse.

Sobre os modelos que podem ser adotados, a nova secretaria deve iniciar as operações com três hidrovias como prioridade: Brasil-Uruguai, Rio Amazonas e Tocantins. Quanto às concessões, cinco estão previstas até 2026.

Novo secretário

O nome do novo secretário deve ser anunciado esta semana, sendo o mais cotado o atual diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias, Dino Antunes Dias Batista, que participou do evento. No encontro, ele expressou estar animado em contribuir com as pautas já em andamento por meio da nova pasta ministerial.

“Quando você realmente coloca um tema no nível de secretaria, é quando você sinaliza para toda a Esplanada e para todo o Congresso que realmente quer dar foco e importância”, declarou Dino.

O presidente do IBL, Ricardo Molitzas, destacou a importância das hidrovias para o progresso econômico e social do país, ressaltando o potencial das redes pluviais. Molitzas também enfatizou a importância de impulsionar investimentos e competitividade na logística brasileira. “Para que este potencial seja plenamente explorado, é necessário que trabalhemos juntos, unindo os esforços do setor público e privado”.

O CEO do Grupo Brasil Export, Fabricio Julião, esteve presente no evento representando o grupo, ao lado de outras autoridades, como o senador Romero Jucá (MDB-RR), o deputado Sidney Leite (PSD-AM), a ex-senadora Kátia Abreu e o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira.

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